Alemanha quer banir carros a gasolina e diesel até 2030

Motores de combustão interna podem ser proibidos em toda a União Europeia

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 mês

O Bundesrat, conselho federal alemão, votou pela proibição dos motores de combustão interna até 2030. A partir desse ano, todos os carros vendidos na Alemanha deveriam ter motores alimentados a eletricidade, hidrogênio ou outras fontes de energia limpa. Mas a medida pode não ficar restrita ao país: os legisladores querem levar a resolução para toda a União Europeia.

De acordo com a revista alemã Der Spiegel, o incentivo aos veículos elétricos é uma das medidas tomadas para reduzir as emissões de dióxido de carbono na Alemanha em 95% até 2050. Uma possibilidades para acelerar o fim dos carros movidos a gasolina e diesel é aumentar os impostos para os motores de combustão interna (que, olha só, foram inventados por Nikolaus Otto, um alemão).

A resolução do Bundesrat, que representa os 16 estados alemães, não tem efeito legislativo: a medida precisa ser aprovada pela União Europeia para valer. No entanto, como lembra a Forbes, “as regulações alemães tradicionalmente têm moldado as regulações da União Europeia e da UNECE [Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa]”.

Metade dos carros que circulam na Europa são movidos a diesel, já que o combustível é mais barato e rende mais por quilômetro rodado (o Brasil é o único país do mundo onde o diesel é proibido para veículos de passeio). Desde o escândalo da Volkswagen, que implementou um software para distorcer resultados de testes de emissão de poluentes, as vendas de diesel caíram 5% na Alemanha e 12,9% nos Países Baixos.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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