Amazon também vai usar energia nuclear para inteligência artificial
Big tech anunciou nesta quarta-feira parceria com consórcio de energia nuclear e startup de reatores modulares pequenos. Projeto iniciará geração de energia em 2030
Big tech anunciou nesta quarta-feira parceria com consórcio de energia nuclear e startup de reatores modulares pequenos. Projeto iniciará geração de energia em 2030
Depois da Microsoft e do Google, agora é a vez da Amazon anunciar seu investimento em energia nuclear para o desenvolvimento de IAs. A big tech tem planos de iniciar o uso dessa energia a partir de 2030. Ou seja: o papa é pop e a inteligência artificial é (cada vez mais) nuclear.
Os acordos firmados pela Amazon envolvem a Energy Northwest e a X-Energy. A primeira é um consórcio público do estado de Washington, onde fica uma das sedes da big tech. Já a X-Energy é uma startup que desenvolve reatores modulares pequenos (SMR em inglês). Ela é concorrente da Kairos Power, que produzirá os SMR do Google.
A X-Energy anunciou que recebeu US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em sua última rodada de investimentos. A startup divulgou no comunicado que esse valor foi “ancorado pela Amazon”, o que indica que a big tech foi a maior investidora. A Universidade de Michigan e a gestora de ativos Ares Management também colocaram dinheiro na X-Energy.
Os acordos divulgados pela Amazon são complementares. A Energy Northwest terá quatro SMR produzidos com sua tecnologia. No futuro, a X-Energy entregará mais reatores para a operação na usina do consórcio. A meta é operar com 12 SMR e gerar 960 MW de energia na planta da Energy Northwest.
A parceria entre Amazon e X-Energy também prevê a criação de outras usinas em diferentes partes dos EUA, visando gerar 5 GW de energia até 2039. Essas unidades serão criadas em regiões chaves e visam atendar uma demanda crescente de energia. Não a demanda da população, mas do desenvolvimento de inteligência artificial — ainda que não deixe isso explícito.
Assim como o Google e a Microsoft (que usará energia gerada na Usina de Three Mile Island), a Amazon possui planos de zerar a emissão de carbono na sua operação. Com a evolução das IAs, as big techs aumentam o gasto energético em seus data centers.
Por consequência, a emissão de carbono cresce. Apesar d os debates sobre energia nuclear, ela é uma fonte limpa do ponto de vista de geração energética, já que não emite gases do efeito estufa (a cadeia de produção da usina, mineração e tratamento do urânio são outros 500).
Amazon, Google e Microsoft já embarcaram no uso de energia nuclear para seus data centers e desenvolvimento de IA. Agora só faltam Apple e Meta.
Com informações: Amazon, The Verge e TechCrunch