Apple vale US$ 1 trilhão mesmo após queda nas vendas do iPhone
Apple vendeu US$ 31 bilhões em iPhones no primeiro trimestre, queda de 17%; divisão de Serviços atingiu receita recorde
Apple vendeu US$ 31 bilhões em iPhones no primeiro trimestre, queda de 17%; divisão de Serviços atingiu receita recorde
Não é segredo que a Apple está colocando um foco maior em serviços para compensar a redução na venda dos iPhones, e o resultado financeiro do primeiro trimestre deixa isso claro: o CEO Tim Cook simplesmente nem menciona celulares no comunicado à imprensa, mas observa que a receita de serviços atingiu um valor recorde. Os números foram melhores que o esperado, e o valor de mercado chegou a US$ 1 trilhão.
A Apple teve receita de US$ 58 bilhões no primeiro trimestre de 2019, queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, US$ 31 bilhões correspondem ao iPhone, redução de notáveis 17% em um ano.
A empresa não divulga mais o número de aparelhos vendidos, mas a IDC estima que foram 36,4 milhões de unidades, queda de 30% em um ano. Cook disse na conferência aos investidores que, após abrir novos programas de trade-in em mais países, a Apple recebeu quatro vezes o volume de aparelhos para troca se comparado ao mesmo período de 2018. “Agora nosso objetivo é acelerar o ritmo”, afirma ele sobre as vendas do iPhone.
Enquanto isso, a receita de Serviços atingiu um recorde trimestral de US$ 11,5 bilhões, alta de 16% em um ano. Esse setor corresponde à App Store, Apple Music, Apple Pay e iCloud.
Isso ainda não considera o impacto do serviço de assinatura Apple News+: ele estreou no final de março, mas o primeiro mês é gratuito. A Apple também prepara o lançamento do TV+, concorrente da Netflix e Disney+; e o Apple Arcade, para assinatura de jogos no iOS.
A divisão Wearables, Casa e Acessórios também teve um bom desempenho, com vendas de US$ 5,1 bilhões no trimestre e alta de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso inclui os AirPods, fones da Beats, Apple Watch, alto-falante HomePod, entre outros.
“Nossos resultados do trimestre de março mostram a força contínua de nossa base instalada de mais de 1,4 bilhão de dispositivos ativos, já que estabelecemos um recorde absoluto para Serviços e o forte momento de nossa categoria de Wearables, Casa e Acessórios, que estabeleceu um novo recorde para os trimestres de março”, diz Cook no comunicado.
Até mesmo os iPads tiveram o maior crescimento dos últimos seis anos, com faturamento de US$ 4,9 bilhões — alta de 21% em um ano. Enquanto isso, a divisão Mac sofreu queda de 4,5% devido à escassez de processadores, segundo Cook; a Intel prometeu evitar esses gargalos no futuro.
O lucro da Apple caiu quase 17% em um ano para US$ 11,6 bilhões. Ainda assim, o resultado foi melhor que o esperado, e as ações da empresa estão subindo nesta quarta-feira (1); seu valor de mercado chegou novamente a US$ 1 trilhão.
E quanto ao acordo com a Qualcomm, no qual a Apple teria que fazer um pagamento único e um licenciamento de vários anos? Isso não foi contabilizado nos resultados deste trimestre, então teremos que esperar para ver quanto a empresa gastou nisso.
Com informações: Apple, Ars Technica. Atualizado às 11h47.