Brasil firma acordo com Chile que acabará com tarifas de roaming internacional
Acordo entre Brasil e Chile prevê eliminação do roaming internacional para telefonia móvel e transmissão de dados
Acordo entre Brasil e Chile prevê eliminação do roaming internacional para telefonia móvel e transmissão de dados
O Brasil assinou nesta quarta-feira (21) um Acordo de Livre Comércio com o Chile, estabelecendo normas que vão desde a facilitação do comércio entre os dois países até o reconhecimento das indicações geográficas da cachaça e do pisco chileno. Dentro dos 24 capítulos, um deles é interessante para quem viaja entre os dois países: em até um ano, as tarifas de roaming internacional serão eliminadas.
Ainda não foram divulgados os detalhes exatos do acordo. Em nota, o Itamaraty diz que a eliminação do roaming internacional para telefonia móvel e transmissão de dados “terá um impacto direto na facilitação e no desenvolvimento de atividades econômicas, tais como o turismo, o comércio digital e a prestação de serviços”.
É bem provável que o modelo seja similar ao existente na União Europeia, que prevê um limite de uso justo em planos com grandes franquias de dados, para evitar abuso nas redes parceiras. Há também restrições ao roaming permanente, impedindo a utilização contínua por mais de 30 dias em outro país.
No Chile existem quatro operadoras: Entel, Movistar, Claro e WOM. As operadoras Vivo e Claro terão maior facilidade para oferecer o serviço, dado que ambas possuem companhias do mesmo grupo (Movistar e Claro) atuando no país. Já TIM, Oi e Nextel precisarão formar parcerias para oferecer o serviço aos seus clientes.
Vale destacar a dificuldade de estrangeiros utilizarem seu celular com um chip local no Chile: o país exige cadastro prévio do IMEI do telefone para que estrangeiros consigam utilizar seus dispositivos nas operadoras locais. Com o fim do roaming, um brasileiro poderá utilizar seu plano enquanto viaja e não precisa se preocupar com isso.
É esperado que, no futuro, o roaming acabe em outros países: um compromisso foi firmado pela Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) na Carta de Buenos Aires. O acordo estabelece medidas para reduzir a desigualdade digital nos países das Américas; o fim do roaming tem prioridade média, e as tarifas devem ser revistas até 2022 em 19 países das Américas, incluindo Estados Unidos, Canadá e Argentina.
Enquanto isso, brasileiros ainda sofrem com o roaming nacional: é bem comum encontrar alguns planos, principalmente pré-pagos, que costumam cobrar até por recebimento de chamadas quando o cliente sai do seu estado de origem.
Atualmente, quem viaja para o Chile paga as seguintes tarifas:
Claro
Oi
Apenas clientes do pós-pago conseguem utilizar roaming internacional. A operadora vende uma diária de dados com 50 MB ao custo de R$ 39,90 por dia, e um pacote mensal com 30 minutos de ligações por R$ 89,90. Caso o cliente opte pela tarifação avulsa, o minuto de chamada efetuada ou recebida custa US$ 1,85.
TIM
Vivo
Nextel
O serviço está disponível apenas para clientes de planos pós-pago. A operadora vende um pacote de créditos custando R$ 69,99, e o cliente pode usar tanto para voz, dados ou SMS. O minuto de ligações ou SMS custa R$ 1,75, e o megabyte de internet custa R$ 0,35. Fazendo as contas, o pacote dá direito a 200 MB de internet, 40 minutos ou 40 SMS.