ChatGPT terá memória para aprender informações e preferências do usuário

Com a memória, não será mais necessário explicar coisas que já foram ditas em outras conversas. OpenAI dará opção para desativar recurso e apagar lembranças.

Giovanni Santa Rosa

A OpenAI anunciou que o ChatGPT contará com uma memória para lembrar o que foi dito em conversas anteriores — como seu trabalho, o que você gosta de fazer nas horas vagas e como prefere suas anotações de trabalho. Os usuários podem desligar o recurso, bem como selecionar o que deve ser “esquecido”.

Com a memória, o ChatGPT deve ficar mais personalizado. Até agora, toda nova conversa começava do zero, e não era possível se referir a assuntos tratados anteriormente em outros chats. Quando o recurso estiver disponível, isso pode agilizar algumas tarefas — você não vai precisar dizer de novo que gosta de seus resumos em bullet points, por exemplo.

Os GPTs personalizados e os plugins também terão memórias. O Verge dá um exemplo bom de como isso pode ser útil: o plugin do Kayak, que busca passagens aéreas e hotéis, pode aprender qual sua companhia aérea favorita e sugerir voos por ela, sem que você precise especificar.

Memória do ChatGPT terá configurações de privacidade

A memória aprende o que é dito durante as conversas, mas o usuário também pode pedir para o ChatGPT armazenar algumas informações para interações futuras. Você pode pedir para a IA lembrar que você é vegetariano, e todas as sugestões de receitas futuras deverão levar isso em consideração, por exemplo.

Também dá para perguntar ao ChatGPT o que ele memorizou sobre você, bem como pedir para esquecer alguns detalhes (ou todos eles). Isso também pode ser feito nas configurações do serviço. A OpenAI diz que o chatbot não vai gravar dados sensíveis, como de saúde, por exemplo.

Um ponto importante: a memória funciona de maneira independente do histórico de conversas. Apagar uma conversa não faz desaparecer as informações que o robô aprendeu durante aquela interação.

Para quem não se sente confortável com a possibilidade de uma inteligência artificial estar decorando tudo que é dito, a OpenAI sugere usar as conversas temporárias (“temporary chats”, no aplicativo).

A memória será liberada inicialmente para alguns usuários selecionados, tanto do plano gratuito quanto do ChatGPT Plus. A ideia é entender se ela será realmente útil durante esse período de testes e melhorar o que for necessário antes de ativar a ferramenta para todo mundo.

Com informações: The Verge, TechCrunch, OpenAI

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.