Claro Box TV é lançado com streaming de canais por R$ 49,90 mensais
TV Box da Claro tem controle remoto com comando de voz e começa a ser vendida em São Paulo e Rio de Janeiro
TV Box da Claro tem controle remoto com comando de voz e começa a ser vendida em São Paulo e Rio de Janeiro
A Claro iniciou as vendas oficiais do Claro Box TV. Apresentado exclusivamente pelo Tecnoblog em julho de 2020, o produto leva emissoras da TV por assinatura tradicional para a internet, sem a necessidade de cabos coaxiais, antenas parabólicas e instalação por um técnico. A operadora lança um plano com conteúdo de streaming e canais ao vivo pelo preço de R$ 49,90 mensais.
Atualização: o site do Claro Box TV saiu do ar na tarde desta quinta-feira (8), mas voltou ao ar na tarde de sexta-feira (9). O Tecnoblog entrou em contato com a operadora para esclarecer o motivo, mas não recebeu resposta até o momento.
A princípio, a contratação do Claro Box TV está restrita a São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). O site da operadora diz que o serviço estará disponível em mais cidades “em breve”. Estes são os planos:
Canais ao vivo | Conteúdo de streaming | Valor mensal |
Canais abertos | Acesso ao NET Now e Claro Vídeo | R$ 20,00 |
Canais abertos Mais de 50 canais de TV paga | Acesso ao NET Now e Claro Vídeo | R$ 49,90 |
Os planos não têm fidelidade, mas há uma taxa de adesão de R$ 250 para não-clientes da Claro. O equipamento é cedido em comodato – ou seja, a TV Box não é de propriedade do cliente e deve ser devolvida à empresa no cancelamento da assinatura.
Até o momento, a operadora não divulgou quais os canais disponíveis no plano de R$ 49,90. De forma avulsa, é possível contratar acesso a HBO, Fox, Looke, Paramount+, StarzPlay, DogTV e Claro Música. Os valores não foram divulgados e não é possível usar a assinatura pré-existente para esse tipo de conteúdo. A TV Box também é compatível com a Netflix, que pode ser utilizada com uma conta não vinculada à Claro.
Note que na lista não estão disponíveis conteúdos da Globo, como Premiere e Combate, que estavam presentes no FAQ vazado pelo Tecnoblog. A emissora iniciou a comercialização dos próprios canais pagos dentro do Globoplay em outubro de 2020.
A adesão ao Claro Box TV é exclusiva pelo site da operadora. O produto deve ser instalado pelo próprio assinante e chega em até cinco dias úteis após a contratação. Uma grande vantagem é que a caixinha pode ser utilizada e transportada para qualquer lugar que tenha conexão com a internet – a empresa recomenda pelo menos 10 Mb/s para uma boa experiência com o serviço.
Uma novidade que não estava presente no manual divulgado pelo Tecnoblog é que o controle remoto do produto possui comando de voz. É possível utilizar a função para digitar nas caixas de texto, bem como pedir a troca de canais ou abrir aplicativos como a Netflix.
O serviço também dispõe de um gravador virtual, capaz de gravar os canais lineares para assistir em qualquer lugar da casa ou retomar a programação em até sete dias. Não há detalhes quanto ao sistema operacional do aparelho, mas a interface das fotos de divulgação lembra bastante a da Claro NET TV.
Algo que pode afastar potenciais usuários do Claro Box TV é que o serviço não permite mais de um equipamento na própria assinatura, e, até o momento, não há aplicativos para smart TVs. A empresa afirma que é possível assistir alguns conteúdos comprados ou alugados em dispositivos através do aplicativo NOW, mas não há detalhes quanto a programação ao vivo.
A Claro afirma que o Box TV é destinado a clientes que não estão interessados em TV a cabo e querem maior flexibilidade, controle e valor. A empresa recomenda um pacote de TV por assinatura tradicional para quem quer uma “experiência premium de entretenimento”.
Um dos motivos para que operadoras lancem suas próprias plataformas de streaming é que esse formato é muito menos onerado que a TV por assinatura tradicional. Após a definição da Anatel de que serviços online não precisam seguir as regras da TV paga (SeAC), houve segurança jurídica para lançamento do Claro Box TV.
Enquanto o serviço pelo de TV por assinatura tradicional precisa pagar ICMS, Fust, Funttel e Condecine, plataformas de streaming pagam apenas ISS. Já existe um projeto na Câmara dos Deputados querendo barrar a definição da Anatel, alegando que a migração total do SeAC para a internet pode gerar perda de R$ 3,77 bilhões em impostos.
Atualizado em 09/10/2020 às 13:23