Correios podem lançar “Uber de entregas” até o fim do ano
Se confirmado, Correios explorarão modelo de crowdshipping: o usuário solicita entrega por aplicativo e o serviço é feito por entregadores cadastrados
Se confirmado, Correios explorarão modelo de crowdshipping: o usuário solicita entrega por aplicativo e o serviço é feito por entregadores cadastrados
Serviços de entrega rápida por motoboys ou transportadoras regionais são muito populares nas grandes cidades brasileiras. Os Correios querem tirar proveito desse filão, mas de um modo diferente: a estatal planeja lançar, até o fim do ano, uma modalidade de entrega baseada em aplicativo que lembra o Uber.
Pelo menos é o que informa o Estadão, que apurou que os Correios já estão em negociação com uma empresa de tecnologia para lançar o aplicativo. A ideia é que o usuário use a ferramenta para solicitar transporte ponta a ponta de itens. A entrega será feita por pessoas cadastradas no serviço a partir de veículo próprio, que pode ser um carro, uma moto ou uma bicicleta, por exemplo.
Trata-se de uma modalidade de serviço logístico conhecida como crowdshipping. Em um lado estão pessoas que precisam receber ou entregar itens rapidamente. No outro, pessoas dispostas a fazer entregas para complementar ou até obter totalmente a sua renda a partir do serviço.
Se os Correios criarem mesmo uma divisão de crowdshipping, terão entre os concorrentes a Eu Entrego. No aplicativo da empresa, o usuário dá detalhes sobre o item a ser entregue ou retirado e informa quanto está disposto a pagar. Entregadores independentes disponíveis na região podem então aceitar o serviço ou fazer uma contraproposta.
Também dá para citar como exemplos a Rappi e a Glovo. Mas ambas as empresas seguem um modelo um pouco diferente: o usuário pode solicitar pessoas para comprar ou buscar itens em farmácias, mercados e vários outros tipos de estabelecimentos e, na sequência, fazer a entrega no endereço especificado.
As informações a respeito do novo serviço dos Correios ainda são escassas. Ainda não está claro, por exemplo, em quais locais a modalidade será oferecida e quais plataformas serão atendidas.
O Tecnoblog entrou em contato com a estatal. A companhia apenas informou que ainda estuda o segmento: “os Correios estão estudando e avaliando o mercado para a oferta do serviço de crowdshipping. Mais detalhes sobre a operação do novo serviço serão divulgados oportunamente”.
Atualizado às 14:29.