Doom ganha versão que roda em PDF; lista de ports só cresce

Jogo de 1993 ganha um novo port para rodar em locais e aplicativos que não foram feitos para jogos. Versão para arquivo PDF pode rodar em navegadores

Felipe Freitas
• Atualizado hoje às 12:24
Resumo
  • Doom agora pode rodar em arquivo PDF com suporte para JavaScript.
  • O port, inspirado no Tetris para PDF de Thomas Rinsma, utiliza o código-fonte aberto do jogo de 1993 para criar a versão.
  • Ports de Doom são populares na comunidade gamer, graças à linguagem básica de programação utilizada — no caso, a linguagem C.

Doom (1993) ganhou mais um port: agora é possível jogá-lo em um leitor de PDF que tenha algum nível de suporte para JavaScript. Você não precisa baixar um leitor, basta usar o próprio recurso para abrir PDFs nativo de alguns navegadores. Todo o controle do jogo é feito usando o teclado, mas há algumas limitações.

O autor, conhecido no Github pelo nome de usuário ading2210, destaca que há um problema de performance por conta das seis tonalidades usadas para deixar o “gráfico” e textos visíveis. A atualização do gráfico (que é basicamente um texto) leva 80 ms por frame.

Mesmo com essa performance lenta, o Doom para PDF ainda é jogável. Alguns jogadores podem achar a experiência ruim, principalmente por conta da menor velocidade do gameplay quando comparada ao jogo original e uso apenas das cores preta e branca. Porém, se você jogou o original em um computador da época, não achará a experiência tão péssima.

O autor do projeto disse que a sua inspiração foi o Tetris para PDF, criado pelo desenvolvedor Thomas Rinsma. Coincidentemente, Rinsma também tentou portar o Doom para o formato, mas acabou desistindo da ideia.

Por que fazem tantos ports de Doom?

Doom é programado na linguagem C, uma linguagem básica e, consequentemente, presente em quase todo dispositivo eletrônico ou programa. Assim, portar um código feito em C é mais fácil, visto que provavelmente existirá um compilador para a plataforma destino.

Por ser um dos jogos FPS mais icônicos do gênero com Wolfenstein 3D, responsáveis por inspirar dezenas de games subsequentes, portar Doom para diferentes dispositivos também virou um meme na comunidade gamer e desenvolvedora. E meme no sentido mais literal da palavra criada por Richard Dawkins: algo imitado e replicado.

O código-fonte do jogo também foi tornado open-source em 1997, facilitando o desenvolvimento de mods. Por exemplo, uns dias atrás o Doom: The Gallery Experience foi liberado ao público. Nessa versão, o jogador apenas passeia em uma galeria de arte que usa a primeira fase como cenário. Você pode beber vinho, comer queijos e comprar souvenirs (e sim, há áreas secretas).

Se você não é fã de PDFs, pode tentar outros ports e versões de Doom:

Com informações de The Register e Retro Of The Week

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.