Disney também quer dar basta ao compartilhamento de senhas

Disney+, serviço de streaming “do Mickey”, deve alterar ainda neste ano os termos de uso para proibir e “acabar” com o compartilhamento de senhas

Felipe Freitas
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Netflix e Disney+ (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Disney+ planeja seguir passos da Netflix e combater compartilhamento de contas (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

A Disney é mais uma empresa que planeja acabar com o compartilhamento de senha no seu streaming. Bob Iger, CEO da companhia, informou que a companhia está “explorando caminhos” para resolver a situação de compartilhamento de contas. Segundo Iger, as mudanças no termo de uso do Disney+ chegam ainda em 2023.

A declaração do chefão da empresa foi feita na última quarta-feira (9), durante a apresentação dos resultados financeiros do segundo trimestre do ano. Iger informou que a Disney também desenvolverá “táticas” para aumentar a monetização do seu serviço de streaming em 2024. Talvez a Netflix já tenha “spoilado” essa tal tática.

Contas compartilhadas incomodam a Disney

Sem apresentar números, Bob Iger informou que há uma quantidade significante de contas compartilhadas, algo que também chamamos de senhas compartilhadas. A fala do CEO da Disney veio após ser perguntado sobre quantos usuários realizam a prática. Iger afirma que a Disney tem “capacidade técnica” para monitorar os logins dos assinantes.

Todavia, apesar de iniciar a mudança da política de compartilhamento de contas ainda em 2023, o sistema para combater esse problema só deve chegar no ano que vem. E, visto o que fez a Netflix, podemos imaginar como será essa ferramenta anti-compartilhamento.

Disney+ na TV (Imagem: Gabrielle Lancellotti/Tecnoblog)
Disney+ será mais cruel com compartilhamento de contas ainda neste ano, mas ferramenta para dificultar a prática só chega em 2024 (Imagem: Gabrielle Lancellotti/Tecnoblog)

Para barrar esse comportamento dos usuários, a Netflix criou um plano para quem compartilha a senha — e que chegou no Brasil em maio. Através do IP dos dispositivos e identificação da rede de internet, a empresa identifica possíveis perfis que não moram na mesma residência que o titular da conta.

Por cada perfil extra, é cobrado R$ 12,90 de quem não mora com o “verdadeiro” assinante da conta. Já que Iger informou que a Disney tem ferramentas para monitorar os logins, não é nada maluco imaginar que ela adotará esse método de cobrança. Ainda mais que isso não prejudicou a concorrente, pelo contrário: a Netflix ganhou 5,9 milhões de assinantes no segundo trimestre.

E sobre novas assinaturas, a Disney+ anunciou nos Estados Unidos um novo plano com Hulu por US$ 19,99 e aumento de preço no plano sem anúncios. O editor do Tecnoblog Thássius Veloso apurou com a empresa que não há previsão de alterar os preços no Brasil.

E você, Prime Video, vai seguir fiel à provocação?

Pouco depois da Netflix expandir para o Brasil a nova assinatura para contas compartilhadas com pessoas em diferentes residências, o Prime, streaming da Amazon, publicou no antigo Twitter uma provocação ao concorrente.

A imagem publicada em diversas contas do streaming no Twitter, em diferentes países, mostrava a tela de escolha de perfil do Prime. Os nomes dos seis perfis formavam a oração “Todos que tem uma senha <3” ao responder a pergunta “Quem está assistindo”, presente na tela inicial do streaming.

Com o sucesso da Netflix ao lançar um plano criticado e a Disney+ seguindo a tática, será que a Amazon se manterá fiel à provocação o vai queimar a língua? Aguardamos os próximos capítulos.

Com informações: The Verge

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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