EUA consideram pedir separação de Google, Chrome e Android na Justiça
Departamento sugere dividir produtos usados para melhorar buscador. Fim de pagamentos a empresas e restrições à IA também são avaliados.
Departamento sugere dividir produtos usados para melhorar buscador. Fim de pagamentos a empresas e restrições à IA também são avaliados.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), braço do poder executivo do governo americano responsável pela aplicação da lei, considera propor uma divisão dos negócios do Google. Esta seria uma forma de mitigar a dominância da empresa no setor de buscas online.
A alternativa faz parte de um documento registrado na corte, em que o DOJ considera “remédios [medidas antitruste] comportamentais e estruturais que impediriam o Google de usar produtos como o Chrome, a Play [Store] e o Android para ter vantagens no buscador e em outros produtos e recursos ligados a pesquisas”.
Em agosto de 2024, o juiz Amit Mehta considerou que a companhia detém o monopólio das pesquisas na internet. Para o órgão, a questão vai além de acabar com o controle que o Google tem sobre a distribuição de buscas atualmente. Seria preciso prevenir que este domínio se repita no futuro — isto é, no mercado incipiente de inteligência artificial.
A lista de propostas em avaliação inclui:
O Departamento de Justiça deve apresentar uma versão final das propostas por volta do dia 20 de novembro. O Google poderá sugerir seus próprios remédios no dia 20 de dezembro.
Para a gigante das buscas, as propostas consideradas são “radicais” e vão “muito além das questões legais específicas deste caso”. A empresa planeja entrar com recurso contra a decisão judicial.
O Google defende que seu buscador domina o mercado por mérito próprio, graças à qualidade dos resultados. Outro argumento apresentado é que os usuários são livres para escolher seu buscador padrão de preferência.
Para a companhia, o mercado tem mais mecanismos de busca do que considera a Justiça americana, como a pesquisa interna da Amazon em sua própria loja, por exemplo.
Em relação às propostas que envolvem IA, o Google afirma que a interferência do governo representa um grande risco, podendo distorcer incentivos e desencorajar investimentos.