Facebook é alvo de ativistas pró-Palestina no Google Play e App Store
Ativista palestinos acusam Facebook de censura e bombardeiam aplicativo para iOS e Android com avaliações negativas
Ativista palestinos acusam Facebook de censura e bombardeiam aplicativo para iOS e Android com avaliações negativas
Boicote às marcas por meio da avaliação negativa de aplicativos não é novidade. Contudo, uma campanha do movimento pró-Palestina tem preocupado o Facebook. O motivo: ativistas vêm deixando milhares de avaliações de 1 estrela no app da rede social na App Store, da Apple, e na Play Store, do Google; participantes da campanha alegam que a plataforma de Mark Zuckerberg censura postagens de palestinos sobre o aumento da violência em Israel.
O ativismo digital pró-Palestina está dando resultados; um membro do Facebook, de acordo com a NBC News, publicou em um grupo de mensagens interno que a companhia estava tratando as avaliações negativas de forma muito séria. Dentro da empresa, o protesto foi classificado como SEV1, ou severidade 1 — o nível mais grave é o SEV0, quando o site fica fora do ar.
Go to #Facebook app on Android & Apple stores & rate it 1 star for censoring #Palestinian constant + coverage to silence us. It works, its down to 2.7 stars now, soon down to 1 star hopefully. #Gaza #GazaUnderAttack #PalestinianLivesMatter pic.twitter.com/krJUd8fk0E
— Omar Gaza 🇵🇸 (@Omar_Gaza) May 18, 2021
“Nossos usuários estão frustrados com a forma em que estamos lidando com a situação. Eles sentem que estão sendo censurados, recebendo acesso limitado a suas publicações, e, por fim, silenciados. Como resultado, usuários estão protestando com avaliações de 1 estrela”, disse um engenheiro de software do Facebook em um canal interno da companhia. A nota do aplicativo até a tarde desta segunda-feira (24) é de 2,4 estrelas na App Store americana, e 2,3 na Play Store (média global de avaliações).
Por enquanto, as donas das lojas de aplicativos têm evitado intervir nas notas do Facebook. Uma mensagem nos canais internos da empresa alega que a Apple recusou um pedido feito pela rede social de suspender as notas na App Store. O Google, proprietário da Play Store, não comentou o caso.
Em comunicado à NBC News, o Facebook afirmou que dá voz a todos independente do pensamento político ou religioso. “Temos um time dedicado, que inclui porta-vozes árabes e hebreus, monitorando de perto a situação, e que estão focados em remover com precisão conteúdo malicioso, enquanto corrigimos com celeridade erros de conduta”, disse a rede social.