iFood leva multa de R$ 1,5 mi por invasão que trocou nomes de restaurantes
Procon Carioca pede explicações sobre mensagens políticas e contra vacinas em nomes de restaurantes, mas iFood ignora
Procon Carioca pede explicações sobre mensagens políticas e contra vacinas em nomes de restaurantes, mas iFood ignora
No começo de novembro, os nomes de vários restaurantes no iFood foram trocados por mensagens com ataques a políticos e a vacinas. Agora, o Procon Carioca resolveu multar a plataforma em R$ 1,5 milhão por causa do episódio.
O órgão de defesa do consumidor pediu explicações à plataforma de delivery. A entidade considerou que era necessário esclarecer quais informações pessoais dos consumidores — incluindo documentos, endereços e dados de pagamento — são armazenadas e compartilhadas com terceiros.
A companhia também deveria dizer qual foi o tempo necessário para correção, quantas compras foram realizadas durante o período e quem foi a empresa prestadora de serviços que permitiu a mudança dos nomes.
Como o iFood não se manifestou, o Procon Carioca aplicou uma multa de R$ 1.508.240 como parte do processo administrativo.
No dia 2 de novembro, clientes do iFood notaram que nomes de vários restaurantes haviam sido trocados por mensagens políticas.
Entre os dizeres, havia críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alusões ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e menções a uma possível reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Também foram vistas mensagens falsas sobre vacinas e até um “Prefiro Uber Eats”.
No mesmo dia, o iFood disse que a situação atingiu cerca de 6% dos estabelecimentos. A empresa explicou que o incidente foi causado por meio de uma conta de um funcionário de uma prestadora de serviço de atendimento.
A terceirizada atuava no auxílio aos comerciantes e, por isso, tinha a permissão para mudar as informações do cadastro. Esse acesso foi bloqueado, e os nomes dos restaurantes, reestabelecidos.
A plataforma de delivery disse ainda que não havia indícios de vazamento de dados de clientes e entregadores. A companhia enfatizou que os dados de pagamento ficam armazenados apenas nos próprios dispositivos dos consumidores.
Com informações: Procon Carioca.