Instagram é acusado de ignorar denúncias e coletar dados de perfis de crianças
Meta estaria negligenciando suas próprias regras, que definem que menores de 13 anos não podem ter contas nas redes da empresa
Meta estaria negligenciando suas próprias regras, que definem que menores de 13 anos não podem ter contas nas redes da empresa
Um processo movido por 33 estados americanos acusa a Meta de negligenciar perfis de usuários com menos de 13 anos, proibidos de usar a rede nos EUA. Segundo o documento, desde 2019, a empresa recebeu mais de 1,1 milhão de denúncias contra contas desse tipo, mas só desativou uma fração delas.
Ainda segundo a acusação, a Meta continuou a coletar dados desses perfis de crianças, como localização e endereço de e-mail, sem permissão dos pais. Isso seria uma violação a leis federais dos EUA.
Os documentos ainda alegam que a Meta tem conhecimento da situação, sendo um “segredo aberto” documentado, analisado e confirmado dentro da empresa. No entanto, a companha estaria protegendo “cuidadosamente” esta informação para que ela não seja revelada ao grande público.
A acusação é um desdobramento do processo apresentado por 42 estados americanos em outubro. Ele alega que a Meta prejudica a saúde mental e o bem-estar dos jovens que usam suas plataformas. Isso envolve questões como autoimagem, bullying, invasão de privacidade e maximização de engajamento.
As evidências incluem e-mails internos, mensagens de texto trocadas por funcionários e apresentações da empresa. Em outubro, o material estava censurado, mas foi revelado em uma nova movimentação do processo.
Em um comunicado publicado no sábado (25), a Meta se defende. A empresa alega que o processo “descaracteriza nosso trabalho usando citações selecionadas e documentos escolhidos a dedo”.
A companhia também diz que verificar a idade dos usuários era um desafio complexo para serviços online, especialmente com usuários que não tinham documentos escolares ou carteiras de habilitação.
Por fim, a Meta também deu uma alfinetada, dizendo que gostaria de ver leis federais que obrigassem lojas de apps a obter aprovação dos pais para permitir que usuários com menos de 16 anos baixem aplicativos.
Com informações: The New York Times, Business Insider, TechCrunch