Tecnologia 3D do filme O Hobbit pode causar mais dor de cabeça que o normal
Existe um grupo pequeno de pessoas que, ao assistirem filmes em 3D no cinema, acabam tendo dores de cabeça e náuseas devido à rápida transição de quadros que acontece na tela. Com a estreia do filme O Hobbit: Uma Jornada Inesperada na semana passada, descobriu-se que ele é capaz de amplificar um pouco esses efeitos e atingir um grupo maior de pessoas. E é tudo por causa da tecnologia de gravação usada no filme.
Isso acontece porque a câmera 3D usada para gravar as cenas captura o vídeo em 48 fps (ou quadros por segundo), enquanto normalmente usa-se câmeras que capturam em 24 fps, como no filme Avatar, de James Cameron. O uso de uma taxa maior, segundo o professor de engenharia Adrian Bejan da Universidade de Duke, “fazem os olhos varrerem a tela de forma mais rápida para absorver toda a imagem” e é esse esforço extra provocado nos olhos que afetam o cérebro.
Peter Jackson, o diretor do filme, já explicou no passado o motivo de ter escolhido os 48 fps no lugar dos demais. Ele disse à PCMag que em 24 fps ficam muito borradas em movimentos bruscos o que piora quando a câmera precisa ser movida rapidamente. Jackson também diz que gravou as imagens com a câmera acima, uma RED Epic que captura vídeo com até 5.120 x 2.700 pixels de resolução.
O resultado é uma possível enxaqueca para espectadores. Um deles disse ao site Herald Sun que as cenas com “grandes montanhas nevadas” não causaram tanta náusea e dor de cabeça quanto as cenas de close-up, em que existem mais detalhes a serem capturados na tela e forçam mais os olhos a trabalharem.
Segundo a produtora do filme, apenas 1000 salas de cinema em todo o mundo exibirão o filme com 48 fps mas não diz quais salas exatamente. Aqui no Brasil, o filme O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, estreia no dia 14 de dezembro. Assista ao trailer abaixo.
Atualização às 11:50 | O site Omelete.com.br fez uma compilação bem bacana das salas que vão exibir o filme em 48 fps. É bom escolher antes na hora de comprar o ingresso. Obrigado à leitora Ariane Freitas (@lovemaltine) pela dica!
Com informações: The Week.