OpenAI quer expandir seu valor de mercado para até US$ 90 bilhões

Criadora do ChatGPT planeja convencer os funcionários a venderem suas partes na empresa para investidores; OpenAI pode triplicar seu valor de mercado

Felipe Freitas
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OpenAI
OpenAI quer negociar mais investimento e expandir seu valor de mercado (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A OpenAI pretende triplicar o seu valor de mercado, chegando a um total de quase US$ 90 bilhões. A estratégia da criadora do ChatGPT para chegar nesse número é vender ações existentes — que estão com funcionários e investidores. Como a companhia não possui oferta pública de ações (o famoso “está na bolsa de valores”), ela só pode vender as fatias já adquiridas.

Se o plano atingir seu objetivo, a OpenAI se tornará uma das empresas privadas mais valiosas do mundo. E sabe quem vai amar esse “valuation”? A Microsoft. A companhia fundada por Bill Gates possui 49% da empresa — a maior investidora da OpenAI. Em janeiro, a Microsoft também “jogou” um investimento na criadora do ChatGPT de US$ 10 bilhões, segundo rumores.

Desde o lançamento da sua IA generativa, a OpenAI tem recebido mais aportes de empresas de venture capital — modelo de negócio de investir em startups para acelerar o crescimento e adquirir uma parte da companhia. Em abril, a famosa Sequoia Capital (muitas empresas de sucesso receberam investimento dela) foi uma das companhias que contribuiu com US$ 300 milhões para elevar o valor da empresa para US$ 29 bilhões.

Funcionários e investidores menores devem sair no lucro

Código em Python escrito pelo ChatGPT (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
ChatGPT é criação da OpenAI e “pode deixar” alguns funcionários ricos (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Por mais que a Microsoft se beneficie desse plano, os funcionários e investidores menores é que devem sair no lucro (literalmente). Para a OpenAI chegar nesse objetivo de valor de mercado de US$ 90 bilhões, esse público terá que vender suas ações — e o preço, obviamente, será alto.

Uma das estratégias usadas por startups para contratar e manter funcionários é fornecer uma fatia da empresa. Nesses casos, o empregado pode se beneficiar de uma possível venda da startup ou abertura de IPO.

Um exemplo de quem se deu bem aceitando ações como forma ou parte de pagamento é o artista David Choe. Em 2005, o então Facebook Inc. (hoje Meta) o contratou para pintar a sede da empresa, pagando em ações. Em 2012, quando a companhia fez sua IPO, Choe “ganhou” US$ 200 milhões — sendo que queria receber US$ 60 mil pelo serviço de pintura.

Rival da OpenAI recebe investimento da Amazon

Nesta semana, a Anthropic, também do ramo de IA generativa, recebeu um investimento de US$ 1,25 bilhões da Amazon — que agora tem uma parte da companhia. A empresa de Jeff Bezos ainda tem a opção de aplicar mais US$ 3,75 bilhões no futuro.

Com informações: Wall Street Journal, TechCrunch e Reuters

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Felipe Freitas

Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.

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