Produtoras de animes derrubam 15 sites brasileiros de pirataria
Bakashi.TV, terceiro site de anime mais visitado no Brasil, está entre as páginas retiradas do ar
Bakashi.TV, terceiro site de anime mais visitado no Brasil, está entre as páginas retiradas do ar
Uma ação da Content Overseas Distribution Association (CODA), grupo antipirataria e proteção de conteúdo do Japão, fechou 15 sites brasileiros de distribuição ilegal de animes. A operação, em nome das produtoras Toei Animation, Toho e Bandai Namco Filmworks, ocorreu no início de dezembro em cidades do estado de São Paulo.
Segundo a associação, os responsáveis pelas páginas de pirataria digital receberam visitas de advogados do grupo em seus endereços residenciais. A conversa direta visa ser mais incisiva do que o envio de comunicados pelos Correios solicitando o encerramento das atividades ilegais.
O CODA revelou que os 15 sites combinados tiveram uma média mensal de 7,95 milhões de visitas entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2024. O grupo antipirataria também destacou como funcionava a operação dessas páginas para a distribuição do material.
“Os donos bloquearam o acesso de endereços de IP japoneses e criaram bloqueios regionais para evitar que a violação fosse descoberta por detentores de direitos japoneses. Então, eles distribuíam os animes para espectadores brasileiros com legendas em português e ganhavam receita com a publicidade de cada site”, revela a associação.
A Bakashi.TV, terceiro site de distribuição de animes pirata mais visitado do Brasil, foi uma das páginas removidas do ar durante a ação do CODA. Conforme os dados do SimilarWeb, o portal teve 9,3 milhões de visitas em outubro de 2024.
Outros portais, como animeshouse.net, subanimes.biz e onepiecex.com.br, também tiveram as operações encerradas. Contudo, não há informações sobre como o grupo antipirataria exerce o controle em relação aos domínios e os redirecionamentos das páginas.
Em nota, o CODA cita que a proliferação de sites piratas de conteúdo japonês se tornou um problema na América Latina nos últimos anos. Assim, o encerramento dessas páginas é essencial para que as empresas possam criar um mercado saudável com distribuição legítima.
“Esperamos que os fãs de conteúdo japonês, como mangá e anime, reconheçam que, ao aproveitar o conteúdo corretamente, o ecossistema de produções japonesas funcionará de maneira saudável e continuará a evoluir”, cita a nota do grupo antipirataria.
Com informações: CODA e Torrent Freak.