Roubo de cabos cresce 15% e deixa 7,6 milhões de desconectados em 2023
Mais de 5 milhões de metros de cabos foram furtados em 2023; São Paulo lidera ranking de roubos e teve aumento de 40% nas ações criminosas
Mais de 5 milhões de metros de cabos foram furtados em 2023; São Paulo lidera ranking de roubos e teve aumento de 40% nas ações criminosas
Um dos maiores problemas de telecomunicações do Brasil é o roubo de cabos: além de gerar prejuízo para as operadoras, diversos usuários ficam impedidos de se comunicar através do celular, fixo ou banda larga fixa. Em 2023, as ações criminosas resultaram em 5,4 milhões de metros de cabos furtados, maior número desde 2019. O estado de São Paulo foi o mais atingido.
Segundo a Conexis, entidade que representa as principais operadoras do setor, a quantidade de cabos roubados em 2022 quase seria capaz de cobrir a rota entre Fortaleza e Lisboa.
Além de deixar pessoas e empresas sem conexão, o furto de cabos também atinge o funcionamento de serviços públicos importantes, como polícia, bombeiros e emergências médicas.
É estranho observar o aumento no furto dos cabos, uma vez que esse tipo de material tem cada vez menos valor comercial. Os fios de cobre ainda existem, mas em menor proporção que nos anos anteriores: a maioria das operadoras têm abandonado esse tipo de infraestrutura em prol da fibra óptica.
Em alguns locais, as ações criminosas visam o vandalismo: provedores locais — normalmente controlados por milícias — danificam o cabeamento da concorrência para manchar a reputação e tentar conquistar possíveis clientes insatisfeitos.
O estado de São Paulo lidera o ranking de roubos de cabos da Conexis. Ao longo de 2023, 1,4 milhão de metros foram subtraídos. Trata-se de um número alarmante, considerando que houve aumento de 40% em comparação com 2022.
O Paraná é o segundo local mais afetado, com 955,1 mil metros de cabos roubados. No entanto, o estado teve redução de 6% nos furtos em comparação com o ano de 2022.
A Bahia ocupa o terceiro lugar, com 635,7 mil metros de cabos roubados, seguido por Minas Gerais, com 505,5 mil metros, e o Rio Grande do Sul, com 368,7 mil metros furtados.
Vale destacar o desempenho no Rio de Janeiro, que já ocupou o segundo lugar no ranking de furtos mas em 2023 passou atingiu o 10º lugar. De acordo com a Conexis, o estado foi o primeiro a intensificar o diálogo entre autoridades locais e o setor de telecom para intensificar ações de combate ao furto, roubo e vandalismo.
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