Samsung promete smartphone dobrável para novembro
Celular com tela flexível pode ser apresentado na conferência da Samsung para desenvolvedores
Celular com tela flexível pode ser apresentado na conferência da Samsung para desenvolvedores
Eu me lembro de ter ouvido os primeiros burburinhos sobre um smartphone dobrável da Samsung em 2013, quando a empresa apresentou uma tela flexível. Diversos rumores surgiram desde então, mas parece que agora vai: o CEO da Samsung Mobile, DJ Koh, revelou à CNBC nesta terça-feira (4) que o aparelho deverá ser apresentado em novembro, durante uma conferência para desenvolvedores.
Koh não informou nenhum detalhe específico do produto. Aqui, existem duas possibilidades: a Samsung pode revelar um celular que possui duas telas, com uma dobradiça no meio (espero que não); ou um aparelho com uma tela única dobrável, que poderia ter o tamanho de um smartphone quando dobrado, ou de um tablet quando desdobrado (o mais provável).
À CNBC, Koh disse que uma das preocupações é apresentar uma utilidade para um celular dobrável: “Mesmo desdobrado, que tipo de benefício isso traria comparado ao tablet? Se a experiência desdobrada for a mesma de um tablet, por que os consumidores o comprariam?”. O objetivo é fazer com que os usuários pensem “este é o motivo pelo qual a Samsung fez isso”, segundo Koh.
As informações do Wall Street Journal davam conta de que o produto seria revelado só em 2019, teria display de 7 polegadas quando aberto e poderia doer no bolso, com preço na casa dos US$ 1.500 — acima dos US$ 1.249 do Galaxy Note 9 de 512 GB, que chegou ao Brasil por R$ 6.499. No entanto, parece que os planos da Huawei de também anunciar um smartphone dobrável fizeram a Samsung se apressar.
Você compraria um?
Além do smartphone dobrável da Samsung, deveremos ter mais algumas novidades no evento de desenvolvedores em novembro. A primeira é uma Bixby mais aberta: os aplicativos de terceiros poderão suportar os comandos de voz da assistente pessoal da Samsung, e os desenvolvedores terão acesso a um kit de desenvolvimento e uma API para integrar seus softwares à plataforma.
A outra novidade é que talvez vejamos novos smartphones intermediários, da linha Galaxy A. Isso porque a empresa está mudando sua estratégia para “focar nos millennials que não podem comprar um flagship”, segundo Koh. A ideia é trazer “tecnologia e diferenciação” começando pelos intermediários, em vez de lançar novidades nos topos de linha e só depois levá-las aos segmentos mais baixos.
Pode ser uma mudança importante em um momento em que a Samsung enfrenta mais dificuldades no mercado de smartphones — ela continua liderando o mercado, mas as vendas do Galaxy S9 não foram boas e o lucro da divisão de dispositivos móveis caiu 34%; enquanto isso, as chinesas Huawei e Xiaomi estão crescendo, em parte devido aos celulares com preços mais competitivos em mercados como China e Índia.