Spotify testa anúncios capazes de responder a comandos de voz
Os novos anúncios do Spotify estão sendo exibidos para um pequeno grupo de usuários nos Estados Unidos
Os novos anúncios do Spotify estão sendo exibidos para um pequeno grupo de usuários nos Estados Unidos
Os assistentes pessoais estão sendo cada vez mais usados. O do Google, por exemplo, está em cerca de um bilhão de dispositivos – a maioria de smartphones, é verdade. Ainda assim, o modo diferente de interagir com aparelhos atrai empresas como o Spotify.
Segundo o TechCrunch, o serviço começou a testar anúncios capazes de responder a comandos de voz. A ideia é aproveitar a mudança no hábito de muitos usuários para conseguir um engajamento maior com conteúdos publicitários.
Os primeiros anúncios em áudio envolvem playlists e podcasts do Spotify e deverão ser exibidos a um público pequeno. Eles aparecerão no Android e no iOS apenas para quem usa a versão gratuita nos Estados Unidos e já habilitou os comandos de voz do app para buscar músicas ou podcasts.
Neste caso, o Spotify mostrará anúncios bem próximos dos convencionais, com uma chamada para a playlist ou o podcast. A diferença está no final, quando surge o aviso de que o usuário pode começar a ouvir o que foi anunciado ao dizer “tocar agora”.
Em seguida, o aplicativo habilita o microfone do celular e dá alguns segundos para o usuário dizer o comando. Caso isso não aconteceça, um sinal sonoro indica que o microfone foi desligado e as músicas voltam a tocar normalmente.
O serviço oferece, ainda, uma opção para desabilitar a opção na área de configurações ou no botão que aparece quando o anúncio é exibido.
Em conferência na segunda-feira (29), o CEO do Spotify, Daniel Ek, disse acreditar que os comandos de voz são “áreas de crescimento críticas”, especialmente para conteúdo de música e áudio. “Estamos investindo nisso e estamos testando formas de explorar e refinar nossa oferta nesta arena”, afirmou.
O Spotify admite que ainda não possui um modelo de preços para o novo formato. De qualquer forma, ele pode ajudar a melhorar o balanço da empresa. No primeiro trimestre de 2019, o serviço chegou a 100 milhões de usuários na versão paga e outros 117 milhões na versão gratuita.
Ainda assim, apresentou novo prejuízo. Entre janeiro e março, o saldo negativo foi de € 142 milhões (R$ 628 milhões). A receita ficou em € 1,5 bilhão (R$ 6,6 bilhões), sendo apenas € 126 milhões com anúncios (R$ 557 milhões).