Telefonia fixa ainda resiste no Brasil, com 24,5 milhões de linhas
Mercado de telefonia fixa encolheu 8,5% em comparação com o ano anterior; Claro lidera em número de assinantes e Oi perdeu mais clientes em 2023
Mercado de telefonia fixa encolheu 8,5% em comparação com o ano anterior; Claro lidera em número de assinantes e Oi perdeu mais clientes em 2023
A Anatel divulgou os dados de telecomunicações do mês de março, e o Brasil ainda possui 24,5 milhões de linhas de telefone fixo. O serviço, que está cada vez mais em desuso, encolheu 8,5% em comparação com o ano anterior — mas segue relevante no segmento de pessoa jurídica.
Em comparação com março de 2023, o Brasil perdeu 2,2 milhões de linhas telefônicas. O Nordeste é a região com maior alta em desconexão, com encolhimento de 10,2% na base de assinantes.
A Claro é a tele com maior número de linhas fixas, e responde por 29,5% do mercado. A Oi aparece no segundo lugar, com 26,3%, seguida pela Vivo, com 25,4%. O restante dos acessos é composto principalmente por operadoras regionais.
A Oi é a operadora que mais perdeu assinantes no último ano, com 1,14 milhão de linhas a menos que em março de 2023. A operadora concentrou esforços para expandir a banda larga Oi Fibra, e tem desestimulado os consumidores a manterem suas linhas de telefone fixo.
Do total de linhas fixas, 13,3 milhões são registradas por pessoas físicas, enquanto 11,8 milhões de acessos são de titularidade de pessoa jurídica. A maior baixa no segmento está relacionada aos contratos feitos com CPF.
A Anatel passou a diferenciar os acessos por tipo de pessoa a partir de janeiro de 2021. Desde então, o número de linhas registradas por CPF caiu significativamente, enquanto os acessos de CNPJ se mantiveram estáveis — inclusive com leve crescimento em alguns meses.
Com a popularização dos smartphones e do acesso à internet, o telefone fixo deixou de fazer sentido para muitas pessoas. Atualmente, o Brasil possui 258,2 milhões de linhas móveis e 48,3 milhões de contratos de banda larga fixa.
Outro serviço que está em queda brusca é a TV por assinatura. Em março, a modalidade somava 9,8 milhões de acessos, queda de 17,8% no comparativo com 2023. O alto custo dos planos, migração para o streaming e a pirataria por IPTV são alguns dos fatores que contribuem para os cancelamentos de contrato.