Uber cria fundos de R$ 32 milhões para apoiar parceiros no Brasil
Dinheiro é usado pela Uber para auxiliar motoristas, entregadores e comunidade no enfrentamento da COVID-19
Dinheiro é usado pela Uber para auxiliar motoristas, entregadores e comunidade no enfrentamento da COVID-19
Assim como diversas outras empresas, as operações da Uber têm sido gravemente afetadas pela pandemia de coronavírus (COVID-19). Apesar disso, a companhia vem anunciando iniciativas em várias partes do mundo para ajudar motoristas e entregadores parceiros da plataforma no enfrentamento da situação. O Brasil não foi esquecido: para o país, a Uber disponibilizou um fundo no valor de R$ 32 milhões.
Na verdade, são dois fundos. O primeiro, de R$ 25 milhões, é usado para apoiar motoristas e entregadores que trabalham com os serviços da Uber. As duas categorias, se somadas, têm mais de um milhão de pessoas cadastradas em todo o Brasil, de acordo com a companhia.
O outro fundo, no valor de R$ 7 milhões, é direcionado a medidas de apoio à comunidade em geral. O montante é usado, por exemplo, para custear viagens de Uber para doadores de sangue ou profissionais de saúde.
A empresa afirma que as viagens gratuitas para doação de sangue já foram usadas por 4,7 mil doadores em 22 cidades brasileiras. O sucesso dessa iniciativa fará o programa ser expandido para mais municípios.
Mas os fundos também vêm sendo usados para financiar produtos de prevenção (como álcool gel e máscaras) para motoristas e entregadores, além de alimentos e kits de higiene para comunidades carentes, graças a uma parceria com a Central Única das Favelas (CUFA) — 73 toneladas de alimentos e kits já foram distribuídos.
No Rio de Janeiro, viagens via Uber têm sido realizadas gratuitamente para que pessoas curadas da COVID-19 possam fazer doação de plasma do sangue. Em São Paulo, a empresa vem oferecendo viagens em parceria com o Itaú para profissionais de saúde da rede municipal que estão na linha de frente no combate à doença.
Ainda de acordo com a Uber, o dinheiro também tem sido usado para apoiar financeiramente motoristas e entregadores (do Uber Eats) que estão impedidos de trabalhar por recomendação médica. O mesmo fundo tem financiado reembolsos de itens como álcool gel e máscaras, e subsidiado consultas por telemedicina com médicos do Hospital Albert Einstein pelos parceiros.
Tem mais: a Uber afirma já ter direcionado R$ 4 milhões ao apoio a pequenos restaurantes. A empresa tem custeado a entrega de refeições por esses estabelecimentos para pedidos feitos via Uber Eats. A entrega grátis atrai consumidores e ajuda os restaurantes a venderem mais.
A despeito da relevância dessas iniciativas, a Uber enfrenta, nos bastidores, um cenário complicado. A queda no número de viagens resultante da pandemia contribuiu para a companhia encerrar o primeiro trimestre de 2020 com prejuízo de US$ 2,9 bilhões.
Para atravessar o atual trimestre, a companhia anunciou a demissão de 3.700 funcionários no começo de maio e, na semana passada, confirmou o desligamento de mais 3.500 empregados.
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