Usuários europeus poderão separar contas de Instagram, Facebook e Messenger
Bloco obriga Meta a oferecer plataformas de maneira independente. Messenger, Marketplace e Facebook Gaming poderão ser usados sem conta na rede social.
Bloco obriga Meta a oferecer plataformas de maneira independente. Messenger, Marketplace e Facebook Gaming poderão ser usados sem conta na rede social.
A Meta vai permitir que usuários da União Europeia, do Espaço Econômico Europeu e da Suíça “separem” suas contas do Instagram, do Facebook e do Messenger. Ao desconectar os cadastros, essas informações deixam de ser compartilhadas entre as plataformas. A medida faz parte das mudanças para cumprir as novas regras do bloco para as gigantes da tecnologia.
Atualmente, a Meta usa as relações entre contas para direcionar anúncios, personalizar recomendações de conteúdo e usar publicações de uma rede na outra. Então, quando o usuário “separa” suas contas, a empresa não vai mais poder usar o que ele acessa no Facebook como base para recomendar posts e propagandas no Instagram, por exemplo.
A divisão também vai permitir que o Facebook Messenger funcione como um serviço independente, podendo ser usado sem uma conta no Facebook. Os usuários também poderão usar o Marketplace e o Facebook Gaming sem cadastro na rede social, mas nesse caso, há limitações. No Marketplace, sem uma conta no Facebook, a comunicação com compradores e vendedores será feita por e-mail. No Facebook Gaming, só vai dar para jogar games para um único jogador.
O Google anunciou uma iniciativa parecida no último dia 12. Os usuários da União Europeia poderão desligar o compartilhamento de dados entre os vários serviços da empresa, como YouTube, busca, serviços de publicidade, Google Play, Chrome, Google Shopping e Google Maps. Será possível parar as conexões entre todos os serviços ou apenas aqueles que o usuário escolher.
Assim como na Meta, ao separar as contas, o Maps para de recomendar lugares com base nas buscas do Google, e o YouTube não leva em consideração o histórico do Chrome, entre outras mudanças.
Tanto as mudanças da Meta quanto as do Google são obrigações instituídas pela Lei de Mercados Digitais da União Europeia (DMA, na sigla em inglês). A regulamentação visa impedir que as gigantes da tecnologia beneficiem seus próprios produtos e serviços, prejudicando a concorrência e os consumidores.
A DMA vai além de impedir o compartilhamento de dados entre serviços da mesma empresa. A Apple, por exemplo, terá que permitir instalação direta de apps no iPhone ou iPad, processo conhecido como sideloading. Além disso, os aparelhos terão que aceitar lojas de aplicativos alternativas, e mesmo aqueles baixados usando a App Store poderão fazer pagamentos por outras plataformas.