Usuários europeus poderão separar contas de Instagram, Facebook e Messenger

Bloco obriga Meta a oferecer plataformas de maneira independente. Messenger, Marketplace e Facebook Gaming poderão ser usados sem conta na rede social.

Giovanni Santa Rosa
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Ao desconectar Facebook, Instagram e outras redes, Meta não poderá mais reutilizar dados (Imagem: Vitor Padua/Tecnoblog)

A Meta vai permitir que usuários da União Europeia, do Espaço Econômico Europeu e da Suíça “separem” suas contas do Instagram, do Facebook e do Messenger. Ao desconectar os cadastros, essas informações deixam de ser compartilhadas entre as plataformas. A medida faz parte das mudanças para cumprir as novas regras do bloco para as gigantes da tecnologia.

Atualmente, a Meta usa as relações entre contas para direcionar anúncios, personalizar recomendações de conteúdo e usar publicações de uma rede na outra. Então, quando o usuário “separa” suas contas, a empresa não vai mais poder usar o que ele acessa no Facebook como base para recomendar posts e propagandas no Instagram, por exemplo.

A divisão também vai permitir que o Facebook Messenger funcione como um serviço independente, podendo ser usado sem uma conta no Facebook. Os usuários também poderão usar o Marketplace e o Facebook Gaming sem cadastro na rede social, mas nesse caso, há limitações. No Marketplace, sem uma conta no Facebook, a comunicação com compradores e vendedores será feita por e-mail. No Facebook Gaming, só vai dar para jogar games para um único jogador.

Google e Apple também farão mudanças na UE

O Google anunciou uma iniciativa parecida no último dia 12. Os usuários da União Europeia poderão desligar o compartilhamento de dados entre os vários serviços da empresa, como YouTube, busca, serviços de publicidade, Google Play, Chrome, Google Shopping e Google Maps. Será possível parar as conexões entre todos os serviços ou apenas aqueles que o usuário escolher.

Assim como na Meta, ao separar as contas, o Maps para de recomendar lugares com base nas buscas do Google, e o YouTube não leva em consideração o histórico do Chrome, entre outras mudanças.

Bandeiras da União Europeia
União Europeia aprovou leis mais rigorosas para as gigantes da tecnologia (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

Tanto as mudanças da Meta quanto as do Google são obrigações instituídas pela Lei de Mercados Digitais da União Europeia (DMA, na sigla em inglês). A regulamentação visa impedir que as gigantes da tecnologia beneficiem seus próprios produtos e serviços, prejudicando a concorrência e os consumidores.

A DMA vai além de impedir o compartilhamento de dados entre serviços da mesma empresa. A Apple, por exemplo, terá que permitir instalação direta de apps no iPhone ou iPad, processo conhecido como sideloading. Além disso, os aparelhos terão que aceitar lojas de aplicativos alternativas, e mesmo aqueles baixados usando a App Store poderão fazer pagamentos por outras plataformas.

Com informações: The Verge, Meta

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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