WhatsApp cai e YouTube sobe como fonte de notícias no Brasil
Facebook e WhatsApp geram maior preocupação sobre fake news no Brasil; redes sociais e apps de mensagens ultrapassam TV
Facebook e WhatsApp geram maior preocupação sobre fake news no Brasil; redes sociais e apps de mensagens ultrapassam TV
Um relatório divulgado nesta terça-feira (16) mostra que o WhatsApp segue sendo uma das principais fontes de notícias entre brasileiros, mas vem perdendo espaço para o YouTube e Instagram em 2020. Além disso, esta é a primeira vez que redes sociais e apps de mensagens ultrapassaram a TV como meio de comunicação para se informar. No entanto, o Brasil é o país com maior nível de preocupação sobre fake news.
O Reuters Digital News Report mensura a transição da mídia impressa para digital em cerca de quarenta países, incluindo o Brasil. Por aqui, 23% das pessoas obtêm notícias através de jornais e revistas tradicionais, enquanto 66% se informam através da TV; e 67%, através de redes sociais e apps de mensagens. Esta é a primeira vez que a televisão foi ultrapassada desde que a pesquisa começou em 2013.
O Facebook é uma fonte de notícias para 54% dos brasileiros; o WhatsApp caiu para segundo lugar com 48%, queda de 5 pontos percentuais em relação a 2019. Enquanto isso, YouTube e Instagram cresceram 3 e 4 pontos percentuais, respectivamente.
Fonte | % de brasileiros que usam como fonte de notícia | Mudança em relação a 2019 |
54% | (não mudou) | |
48% | -5 p.p. | |
YouTube | 45% | +3 p.p. |
30% | +4 p.p. | |
17% | +2 p.p. | |
Messenger | 13% | -2 p.p. |
O relatório também perguntou aos entrevistados qual a plataforma que mais preocupa em relação a fake news. O WhatsApp recebeu o maior número de respostas (35%), com o Facebook logo atrás (24%).
Além disso, a pesquisa fez a seguinte questão em todos os países: qual seu nível de preocupação com o que é real e o que é falso nas notícias veiculadas pela internet? O Brasil teve o maior índice de todos (84 de 100), à frente dos EUA (67), Reino Unido (63) e Argentina (60).
O WhatsApp vem tomando algumas medidas contra fake news, especialmente durante a pandemia: isso inclui reduzir o limite de mensagens encaminhadas de uma vez; doar US$ 1 milhão para a IFCN verificar alegações sobre a COVID-19; e trabalhar com o Ministério da Saúde em um bot para desmentir informações falsas sobre o coronavírus.
Por sua vez, o Facebook sinaliza notícias falsas em posts e Stories; alerta usuários que interagiram com fake news sobre a COVID-19; e limita o alcance de grupos que espalham informações inverídicas.
O Reuters Digital News Report está disponível neste link; ele foi realizado através de um questionário online do YouGov entre o final de janeiro e início de fevereiro de 2020. O relatório, elaborado pelo Reuters Institute for the Study of Journalism na Universidade Oxford, avisa que “os dados são de áreas mais urbanas, em vez de uma amostra totalmente representativa em nível nacional; eles tenderão a representar usuários mais ricos e mais conectados”.
Redes sociais ultrapassam TV como fonte de notícias no Brasil: