WhatsApp será liberado novamente no Brasil

Empresa responsável pelo aplicativo de mensagens conseguiu reverter o bloqueio de 72 horas

Paulo Higa
• Atualizado há 8 meses

O bloqueio do WhatsApp em território nacional durou apenas 24 das 72 horas previstas. No início da tarde, a Justiça de Sergipe reconsiderou o recurso impetrado pelo serviço de mensagens para liberar o aplicativo. Com a decisão, que tem efeito imediato, o WhatsApp será desbloqueado nas próximas horas em todas as operadoras.

O WhatsApp entrou com pedido para revogar a proibição do aplicativo, mas o desembargador plantonista Cezário Siqueira Neto, do Tribunal de Justiça de Sergipe, havia negado o recurso na madrugada desta terça-feira (3) justificando que a empresa “nunca se sensibilizou em enviar especialistas para discutir com o magistrado e com as autoridades policiais interessadas sobre a viabilidade ou não da execução da medida”.

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Segundo o jornal O Globo, o desembargador Osório de Araújo Ramos Filho reconsiderou a decisão do plantonista. Em defesa do WhatsApp, os advogados haviam argumentado que o bloqueio do aplicativo era uma medida desproporcional, uma vez que afetava milhões de pessoas, enquanto os criminosos investigados são apenas alguns.

A decisão de bloquear o aplicativo foi motivada por uma investigação envolvendo crime organizado e tráfico de drogas. O WhatsApp argumentava que não possuía os dados solicitados pela Justiça e que, portanto, não tinha como fornecê-los. O juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), responsável pela decisão, foi o mesmo que determinou a prisão preventiva do vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, após a rede social descumprir ordens judiciais, em março.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.