YouTube só vai remunerar canais que tiverem pelo menos 10 mil visualizações
O YouTube está sofrendo um boicote de grandes empresas por exibir anúncios junto a vídeos extremistas. O Google quer evitar um êxodo maior e vem se esforçando mais para detectar esse tipo de conteúdo. A empresa também está adotando uma nova política para restringir canais que podem lucrar com propagandas.
O Programa de Parceiros agora exige que um canal do YouTube tenha pelo menos 10 mil visualizações para que possa exibir anúncios. Ou seja, se seu canal tem 10 vídeos com mil visualizações cada, ele será elegível.
Canais que atualmente possuem menos de 10 mil visualizações, mas já ganham dinheiro com anúncios, não serão afetados. Enquanto isso, novos candidatos ao Programa de Parceiros serão avaliados para que canais ilegítimos sejam impedidos de lucrar com a plataforma.
Nos últimos cinco anos, o programa de parceiros era aberto para todos: qualquer um poderia se inscrever, enviar vídeos e imediatamente ganhar dinheiro. Isto ajudou o YouTube a se tornar a maior plataforma de vídeo da web, mas acabava estimulando violações de direitos autorais (pessoas enviavam conteúdo de estúdios de cinema ou de canais populares).
O YouTube explica em seu blog que o limite de 10 mil fornece informações suficientes para “determinar a validade de um canal” ao mesmo tempo que garante “um impacto mínimo em nossos aspirantes a criadores”.
Além disso, essa é uma forma de impedir que canais ofensivos lucrem com anúncios. “Isso nos permite confirmar se um canal está seguindo as diretrizes da comunidade e as políticas do anunciante”, escreve Ariel Bardin, vice-presidente de gerenciamento de produtos do YouTube.
No mês passado, o jornal britânico The Times descobriu que anúncios de grandes marcas apareciam junto a vídeos extremistas. Mais de duzentas empresas fizeram um boicote ao YouTube, incluindo McDonald’s, Toyota, Starbucks, Walmart, PepsiCo e Johnson & Johnson.