Zuckerberg congela contratações e diz que Meta vai ser menor em 2023

Relatos de uma Q&A indicam que líderes vão precisar "se virar" com times e investimentos menores; concorrência e restrições atrapalharam planos

Ricardo Syozi
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Mark Zuckerberg (imagem: Reprodução/Facebook)

Com os recentes investimentos em realidade virtual e seu próprio metaverso, tudo levava a crer que a Meta continuaria por esse caminho nos próximos anos. No entanto, Mark Zuckerberg disse a funcionários durante uma sessão de Q&A, que a companhia vai congelar contratações e reestruturar alguns times. O objetivo é o de aparar algumas despesas e realinhar prioridades. Como consequência, o CEO acredita que a empresa deverá ser menor em 2023.

A partir dessa decisão, a Meta fará o primeiro corte de orçamento de grande escala em sua história. Lembrando que o Facebook, nome anterior da companhia, foi fundado em 2004.

De acordo com o Bloomberg, uma pessoa que participou do Q&A relatou algumas informações ditas pelo magnata. Assim, a diminuição de gastos deverá ocorrer entre quase todas as equipes, mesmo aquelas que estão em crescimento.

Além disso, cada time precisará encontrar maneiras de lidar com um número menor de profissionais. Isso quer dizer que se um empregado sair, por exemplo, os membros e líderes deverão “se virar” para preencher o espaço. Talvez recrutando pessoas de outro grupo ou trabalhando para contornar a situação.

Seguindo esse pensamento, é de se esperar que a empresa fique menor em 2023, não apenas em investimentos, mas também no número de funcionários.

Concorrência e restrições afetaram as metas da meta

Mesmo realizando investimentos em um formato de vídeos curtos para competir com o TikTok, a Meta acabou lucrando menos do que o esperado nos últimos três meses de 2021. Aliás, a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, se deparou com a primeira queda na receita trimestral em dez anos.

Podemos pensar que os principais fatores dessa diminuição são relacionados à atenção do usuário, ou seja, como consegui-la e como mantê-la.

Para começar, a concorrência nas redes sociais aumentou consideravelmente nos últimos anos. O TikTok está atraindo os mais jovens com suas danças e formato casual, algo que o Instagram ainda não conseguiu se estabelecer como nome forte para esse público.

Já o Facebook viu em fevereiro mais um concorrente crescer. O Twitter teve um crescimento de 13%, enquanto a rede social da Meta estagnou no número de usuários ativos no quarto trimestre de 2021.

Ademais, a Apple não ajudou em nada os planos de Mark Zuckerberg. As restrições criadas pela maçã, que exigem dos aplicativos uma permissão explícita do usuário para rastreá-lo, têm impactado a precisão de anúncios e consequentemente a efetividade das propagandas.

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Ricardo Syozi

Ricardo Syozi

Ex-autor

Ricardo Syozi é jornalista apaixonado por tecnologia e especializado em games atuais e retrôs. Já escreveu para veículos como Nintendo World, WarpZone, MSN Jogos, Editora Europa e VGDB. No Tecnoblog, autor entre 2021 e 2023. Possui ampla experiência na cobertura de eventos, entrevistas, análises e produção de conteúdos no geral.

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