Ubuntu One será descontinuado em 1º de junho
A disputa cada vez mais acirrada entre os serviços de armazenamento de arquivos na nuvem acaba de fazer uma “vítima fatal”: nesta quarta-feira (2), a Canonical anunciou a decisão de descontinuar o Ubuntu One. O serviço ficará indisponível a partir de 1º de junho de 2014.
O Ubuntu One foi lançado em maio de 2009, inicialmente como uma ferramenta acessível somente via convites. Até o anúncio de seu fechamento, o serviço oferecia 5 GB de espaço gratuito e cobrava US$ 2,99 mensais ou US$ 29,99 por ano para cada 20 GB adicionais.
No final de 2011, a Canonical implementou uma funcionalidade que permite ao usuário fazer streaming das músicas armazenadas em sua conta pelo preço de US$ 3,99 mensais ou US$ 39,99 por ano que também incluía 20 GB de espaço extra.
Apesar de estar intimamente ligado à distribuição Linux da empresa, o Ubuntu One contava com aplicativos oficiais para Windows, OS X, iOS e Android, além de poder ser acessado via web, é claro.
Se o serviço não era excepcional, também não era alvo de numerosas reclamações. O que deu errado, então? No comunicado oficial, Jane Silber, CEO da Canonical, deu mais de um motivo.
Para começar, a empresa está fortemente focada em desenvolver “o melhor sistema operacional para telefones convergentes, tablets e desktops”, ou seja, a prioridade recai mais do que nunca sobre as versões para PCs e dispositivos móveis do Ubuntu OS.
Silber também explicou que a “guerra” entre os maiores players do mercado não tem deixado o terreno muito amigável para a Canonical. O exemplo mais recente deste cenário vem do Google, que reduziu agressivamente os preços por gigabyte dos planos do Google Drive.
“Se oferecemos um serviço, queremos que ele possa competir em escala global e, para que Ubuntu One pudesse continuar, seriam necessários mais investimentos do que estamos dispostos a fazer”, completou a executiva.
A Canonical informou ainda que os assinantes que têm planos anuais em andamento terão os valores correspondentes aos meses não utilizados ressarcidos. Depois de 1º de junho, os usuários terão mais dois meses para recuperar os arquivos de suas contas. Depois disso, o acesso será encerrado de vez e todo o conteúdo armazenado, apagado.
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