BlackBerry KEYone é um Android caro com teclado físico

Paulo Higa
• Atualizado há 8 meses

A BlackBerry desistiu de produzir smartphones, mas licenciou sua marca para fabricantes parceiras. E a chinesa TCL, dona da Alcatel, anunciou no sábado (25) o BlackBerry KEYone, um smartphone com teclado QWERTY, hardware de produto intermediário e preço de topo de linha.

O KEYone, que foi conhecido como Mercury na época dos rumores (eu acho que prefiro o nome antigo), possui tela de 4,5 polegadas com a incomum resolução de 1620×1080 pixels (3:2), que fica posicionada logo acima do teclado físico. Segundo o Engadget, cada botão pode funcionar como um atalho para um aplicativo ou tarefa, e você pode deslizar o dedo sobre as teclas para navegar pela interface.

Quanto ao hardware, estamos falando de um aparelho com processador octa-core Snapdragon 625, RAM de 3 GB e armazenamento interno de 32 GB (com direito a uma entrada para microSD). A bateria de 3.505 mAh, segundo a fabricante, é capaz de durar até dois dias e suporta Quick Charge 3.0, para elevar o nível da carga de zero a 50% em 36 minutos.

Uma novidade bacana é que a câmera traseira possui lente com abertura f/2,0 e sensor de imagem Sony IMX378 de 12 megapixels, o mesmo utilizado no Google Pixel — fotografia, vale recordar, sempre foi o ponto fraco da antiga BlackBerry. Já a câmera frontal tem resolução de 8 megapixels.

A TCL, que admite publicamente que o KEYone é um produto de nicho, vai lançar o smartphone em abril, por nada menos que US$ 549. Ele já traz o Android 7.1 Nougat com ferramentas de segurança e um kernel reforçado pela BlackBerry.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.