TIM lança internet de 1 Gb/s com Netflix embutido e preço menor que Claro

Novo plano gigabit da banda larga TIM Live custa menos de R$ 200 por mês e é mais barato que ofertas similares da Claro NET e Oi Fibra

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
TIM Live tem novo plano de fibra óptica com velocidade de 1 Gb/s
TIM Live tem novo plano de fibra óptica com velocidade de 1 Gb/s (Imagem: Reprodução)

Horas após a Claro anunciar um novo plano de internet fixa de 1 Gb/s, a TIM Live passou a comercializar um pacote banda larga de fibra óptica gigabit com Netflix e Deezer Premium embutidos. A operadora também reduziu os preços das velocidades menores, que ficaram mais interessantes que ofertas da Oi e Vivo.

Assim ficaram os planos da TIM:

Velocidade de downloadVelocidade de uploadApps incluídosPreço mensal
60 Mb/s30 Mb/sEstádio TNT Sports
Cartoon Network
Babbel
R$ 79,20
300 Mb/s150 Mb/sEstádio TNT Sports
Cartoon Network
Babbel
R$ 93,50
500 Mb/s250 Mb/sEstádio TNT Sports
Cartoon Network
Band Sports
Babbel
R$ 108,00
600 Mb/s300 Mb/sNetflix (plano Padrão)
Paramount+
Estádio TNT Sports
Cartoon Network
Babbel
R$ 170,10
1 Gb/s500 Mb/sNetflix (plano Padrão)
Deezer Premium
Paramount+
Estádio TNT Sports
Band News
Band Sports
Cartoon Network
Babbel
R$ 193,80
Valores consultados para São Paulo (DDD 11); os planos e preços podem variar conforme a localidade

Dá para dizer que os novos planos ficaram bem competitivos. A TIM cobra R$ 193,80 por mês na banda larga de 1 Gb/s, bem menos que a Claro (R$ 399,99 mensais com um upload vergonhoso) e Oi Fibra (R$ 499 por mês).

O preço também ficou bom nas velocidades. A TIM Live de 300 Mb/s custa menos do que internet de 200 Mb/s da Oi Fibra e Vivo Fibra, por exemplo, que cobram R$ 99,90 por mês.

O fato da TIM também incluir alguns serviços de streaming torna os planos ainda mais atrativos. Se contratado de forma avulsa, o plano padrão da Netflix custa R$ 39,90 por mês, enquanto o Deezer Premium ou Paramount+ são vendidos por R$ 19,90 mensais cada.

Os pormenores dos planos da TIM Live

Alguns detalhes precisam ser observados. Os preços são válidos para pagamento com débito automático, e quem optar pelo boleto convencional pagará mais caro na mensalidade.

Por sinal, a TIM condiciona algumas velocidades com o pagamento por débito automático. Os planos de 300 Mb/s e 500 Mb/s na verdade possuem taxa de transferência inferior quando a cobrança é feita de outra forma.

Ao contrário de outras operadoras, a TIM cobra taxa de habilitação para quem contratar o serviço de banda larga. O preço é de R$ 84 para o plano de 60 Mb/s ou R$ 180 nas demais velocidades, e o valor é parcelado em 12 vezes na fatura de internet.

Minha ressalva para os planos da TIM é relacionada a política de cancelamento adotada pela empresa contra quem faz “uso excessivo”. Em abril de 2020, o Tecnoblog publicou sobre relatos de usuários que tiveram o contrato da banda larga TIM Live encerrado após ultrapassarem 2 terabytes de tráfego, mesmo com uma cautelar em vigor da Anatel que proíbe tal prática.

Cobertura da TIM Live ainda é pequena

Ok, já entendemos que os planos da banda larga são bons. Mas o grande calcanhar de Aquiles da TIM é a cobertura de fibra óptica, que é muito restrita e está longe de ser abrangente como as grandes concorrentes Vivo e Oi.

Sendo assim, a disponibilidade de contratação das altíssimas velocidades da TIM Live é bem limitada. Até o final do 2° trimestre de 2021, a TIM tinha cobertura de banda larga por fibra óptica em 3,8 milhões de casas de 29 municípios. É bem pouco em comparação com a Vivo, que atingiu 17,3 milhões de domicílios em 293 localidades no mesmo período.

A cobertura restrita faz com que a TIM não tenha tanta relevância no mercado de banda larga. De acordo com os dados mais recentes da Anatel, a ela tem apenas 381,2 mil clientes com tecnologia FTTH (quando a fibra vai até a casa do cliente) e mais 294,6 mil conectados por cabos metálicos (xDSL). A tele chegou a ser ultrapassada pela regional Brisanet, por exemplo.

De qualquer forma, a TIM aposta num veículo de rede aberta para expandir sua atuação em banda larga fixa. Em maio, a operadora vendeu 51% da sua infraestrutura de rede para a IHS Brasil por R$ 1,63 bilhão e espera que a cobertura de fibra atinja 8,9 milhões de casas até 2024.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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