Para encerrar a semana com chave de ouro, o boato da vez é de que o CEO da AOL, Tim Armstrong, estaria em contato com o pessoal do Yahoo para que as duas empresas, dois dinossauros ainda gigantes da web, realizem uma fusão. A informação é da Bloomberg, agência de notícias financeiras que costuma merecer o nosso respeito pelo bom histórico de furos noticiosos.
Não é de se espantar que essa opção tenha retornado à mesa de negociações da internet nos Estados Unidos. Durante a semana ninguém menos que Carol Bartz, famosa por ter dobrado o faturamento da Autodesk, rodou – ela não é mais CEO do Yahoo. Carol disse que foi demitida por telefone mesmo, sem qualquer classe, e que “esse pessoal [do Yahoo] ferrou comigo“. Com isso, o Yahoo fica sem uma liderança até que se encontre um executivo competente para dirigir a companhia.
Se depender de Armstrong, o Yahoo compraria a AOL (até porque o Yahoo tem mais dinheiro que a AOL, cujos lucros vêm diminuindo ano após ano). Para o cargo de CEO do suposto Yahoo-AOL ficaria ele próprio, resolvendo de uma vez o pepino de quem vai comandar o Yahoo.
Caso as negociatas vão em frente, a fusão do Yahoo com a AOL criaria uma potência em audiência. Tanto o Yahoo como a AOL continuam líderes em número de páginas vistas e de visitantes únicos. Somando a audiência de ambos, daria para criar uma rede de publicidade complexa e cheia de oportunidades para os anunciantes.
Por outro lado, um negócio desse tipo exige que os gestores repensem as áreas em que Yahoo e AOL oferecem “sinergias”. Como bem lembra Erick Sconfeld no TechCrunch, enquanto o Yahoo-AOL estivesse focado em demitir pessoal e integrar as equipes restantes, seus principais concorrentes continuariam se distanciando. O pior pesadelo para os já cansados acionistas das duas empresas.