IBM LinuxOne Emperor 4 é um servidor que só roda Linux e tem 32 CPUs
LinuxOne Emperor 4 roda Red Hat, SUSE ou Ubuntu; servidor também pode consumir até 75% menos energia sem afetar desempenho
Muita gente usa distribuições como Ubuntu e SUSE. Talvez seja o seu caso. Mas é no segmento de servidores que o ecossistema do Linux se destaca. Uma prova recente disso vem da IBM. Nesta semana, a companhia anunciou os novos servidores LinuxOne Emperor 4. Além do software, eles chamam a atenção por contarem com um hardware poderosíssimo.
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Hardware humilde, só que não
Esse não é um tipo de servidor em formado de desktop (torre) ou que pode ser encaixado em racks convencionais. O LinuxOne Emperor 4 é uma máquina projetada para lidar com cargas de trabalho equivalentes a de dezenas ou até centenas de servidores x86 (baseados em chips Intel ou AMD). Está aí a razão para as suas dimensões generosas.
Na verdade, estamos falando de um sistema que dá espaço para uma série de componentes. Começa pelo processador. Melhor dizendo, processadores.
O servidor pode ser equipado com 32 chips IBM Telum de 16 núcleos. Essas unidades contam com tecnologia de fabricação de 7 nanômetros e frequência de 5,2 GHz, além de trazerem um acelerador para tarefas de inteligência artificial.
Um sistema IBM LinuxOne Emperor 4 também pode contar com até 40 TB de memória RAM e 200 núcleos configuráveis do tipo IFL (Integrated Facility for Linux). Estes últimos foram desenvolvidos especificamente para processar cargas de trabalho no Linux.
A segurança não foi deixada de lado. Só para dar um exemplo, o servidor conta com uma interface de memória que criptografa os dados que saem dos processadores antes que eles sejam armazenados na RAM.
Com Ubuntu Linux e mais
O IBM LinuxOne Emperor 4 é capaz de trabalhar com várias distribuições LInux. Entre elas estão Red Hat Enterprise Linux, SUSE Linux Enterprise Server e, com algum destaque, o Ubuntu Server 22.04 LTS.
De acordo com a Canonical, o Ubuntu Server 22.04 LTS foi preparado para lidar com recursos de criptografia, inteligência artificial e redes (entre outros) oferecidos pelo equipamento.
Na esteira da compatibilidade com essas distribuições vem o suporte a soluções de softwares de vários parceiros da IBM, como MongoDB, Nginx, Fujitsu e Illumio.
Consumo de energia 75% menor
Na comparação com a geração anterior, o novo servidor da IBM oferece até 50% mais cache, 9% mais desempenho por núcleo, entre outros incrementos.
Graças a isso, em sua configuração padrão (com 32 processadores e 200 núcleos IFL), o LinuxOne Emperor 4 pode executar até 20 bilhões de transações seguras (de bancos, por exemplo) por dia. Nas palavras da IBM, essa capacidade equivale a cerca de 2.000 núcleos x86 trabalhando em conjunto.
É muita capacidade de processamento! Mas o consumo de energia deve ser altíssimo, certo? Certo. Só que o servidor tem a redução do consumo de energia como outro grande atributo.
A IBM explica que, novamente em relação à geração anterior, o LinuxOne Emperor 4 reduz o gasto energético em até 75% e a pegada de carbono em mais de 850 toneladas por ano.
Vários mecanismos contribuem para isso. Um deles é a possibilidade que os clientes têm de aumentar a carga de trabalho ativando núcleos não utilizados naquele momento. Essa ação não aumenta o consumo de energia ou a emissão de gases de efeito estufa.
Para completar, o aspecto do desempenho energético pode ser gerenciado em tempo real pela ferramenta de monitoramento IBM Instana Observability.
Apesar de tudo isso, não dá para garantir que o LinuxOne Emperor 4 rode Crysis.