Google usará energia nuclear para desenvolvimento de IA

Big tech anunciou parceria com Kairos Power, fabricante de reatores nucleares, para entrega de energia. Microsoft também usará essa energia com IA

Felipe Freitas

O Google anunciou nesta segunda-feira (14) que utilizará energia nuclear para as suas operações de inteligência artificial. A big tech firmou um contrato com a Kairos Power, uma empresa que desenvolve reatores modulares pequenos (SMR em inglês) resfriados com fluoreto de sódio. O primeiro reator da Kairos Power para o Google deve iniciar as operações em 2030.

O anúncio da big tech segue os passos da Microsoft, que em setembro divulgou um acordo para utilizar exclusivamente a energia gerada na usina de Three Mile Island. Assim como a empresa de Bill Gates, o Google utilizará a energia para a sua operação de inteligência artificial. No comunicado, a big tech do buscador não explicou se será terá exclusividade na compra da energia da usina da Kairos.

500 MW de energia gerada na primeira usina

Segundo o Google, em comunicado publicado em seu site, a usina da Kairos será capaz de gerar 500 MWh de energia por mês. Porém, essa capacidade só deve ser atingida em 2035, quando a Kairos terá uma maior quantidade de reatores fabricados.

No comunicado, a big tech destaca a importância desse acordo para o desenvolvimento das inteligências artificiais. O Google relata que o sistema energético precisa de novas fontes energéticas para suportar a evolução dessa tecnologia.

O alto consumo não está só no treinamento da IA, mas também no uso para tarefas simples do consumidor, como a criação e um email, já que o processamento é realizado nos data centers das empresas.

Maquete 3D de usina nuclear da Kairos Power, que fornecerá energia para o Google (Imagem: Divulgação/Kairos)
Maquete 3D de usina nuclear da Kairos Power, que fornecerá energia para o Google (Imagem: Divulgação/Kairos)

Como o Google e a Microsoft operam nos EUA, a busca por energias limpas e renováveis para o desenvolvimento de IA está ligada à redução da emissão de carbono. Os EUA têm como principal fonte de energia os combustíveis fósseis.

Essas duas big techs tem plano de zerar a emissão de carbono (ou empatar a emissão e sequestro de carbono) nos próximos anos. Além desse investimento em energia nuclear, o Google também investe no desenvolvimento de energia geotérmica.

Com informações: The Verge

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Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.