Cá no Brasil temos uma agência reguladora que precisa proibir a venda de novas linhas de telefonia móvel. Enquanto isso, na Coreia do Sul, as autoridades comemoram penetração superior a 100% da internet banda larga sem fio. São 100,6 assinaturas dessa modalidade de internet para 100 habitantes, de acordo com números do órgão OECD.
Essa é a primeira vez que um país integrante da OECD ultrapassa 100% de penetração da banda larga wireless. Embora não englobe todas as nações, aquelas consideradas mais ricas aparecem no ranking da entidade, o que nos leva a crer que os países que ficam de fora — Brasil também — não fariam diferença.
As assinaturas de banda larga para celular ficam na casa de 47,6 por 100 habitantes. Os planos somente de dados em alta velocidade e sem fio ocorrem com penetração de 53,1 assinaturas para 100 habitantes.
É evidente que não há mais assinantes de internet que habitantes naquele distante país, o qual eu desejo conhecer um dia. Às vezes a mesma pessoa assina vários planos por motivos que não nos interessam. Fenômeno similar se repete em alguns UFs onde a telefonia móvel ultrapassou a marca de uma linha por habitante. Salvo engano, é assim no Distrito Federal (e eu apostaria algumas marmeladas que o contraventor Carlos Cachoeira contribuiu para o quadro).
A OECD não deu informações sobre a velocidade da banda larga sem fio no país.
Vale lembrar que a Coreia do Sul não é um país rico desde sempre. Conseguiram realizar uma reforma na educação lá pelos anos 1970. Oito horas por dia na escola, 80% de estudantes na universidade. Parece que essa é a receita do sucesso para reconstruir um país com o que há de melhor.