Gás hélio em HDs permite aumento de até 40% em capacidade
A Western Digital anunciou essa semana a criação de um tipo diferente de HD. Nada na sua forma atual muda, ele continua sendo composto de vários discos de algum material magnético que rodam e têm dados gravados por cabeças magnéticas. O que mudou foi o gás dentro do compartimento: no lugar de ar comum, gás hélio. Resultado? HDs que gastam menos energia e podem ter mais capacidade de armazenamento.
Quem teve a ideia foi a Hitachi, que é uma subsidiária da WD e estava trabalhando nessa tecnologia há algum tempo. Segundo o que disse seu vice-presidente de marketing para o site PCWorld, colocar gás hélio no HD permite aumentar a temperatura de operação permitida. Além disso, o gás hélio permite que sejam usados discos mais finos e com isso é possível instalar mais discos dentro do mesmo HD – o que por sua vez permite um considerável aumento de capacidade. Um HD de 4 TB, por exemplo, poderia ter 5,6 TB dessa forma.
A Hitachi diz que a produção em massa deve começar dentro de 2 anos, mas já no ano que vem teremos os primeiros HDs desse tipo no mercado. Um bom exemplo de como eles podem ser empregados, segundo a Hitachi, são os datacenters. Uma empresa que precisaria de 20 servidores para ter 1 Petabyte de armazenamento, por exemplo, pode ter a mesma capacidade em 14 servidores usando os HDs com hélio.
Sobre os preços, a Hitachi estima que eles serão baixos. Mas se você lembrar que o gás hélio está se esgotando em uma taxa incrivelmente alta e que em 30 anos ele pode se esgotar, pode ser que dentro de uns 20 anos tais HDs se tornem item de colecionador de tão caros.