Material feito de carbinos promete mais resistência que o grafeno e o diamante
Nos últimos meses, temos ouvido falar bastante do grafeno, um material extremamente resistente com propriedades assombrosas que promete revolucionar as indústrias de chips, baterias, telas e várias outras. Para você ter uma ideia, é mais resistente que o diamante, por exemplo. Só que há um novo material na área com grande potencial para roubar o espaço ainda não conquistado do grafeno: um tipo de formação de carbono chamado “carbino” (“carbyne”, se você preferir o termo em inglês).
Os carbinos em si, na verdade, são conhecidos há algum tempo. Estamos falando aqui de uma pesquisa mais aprofundada feita pela Universidade de Rice, nos Estados Unidos, a respeito deste tipo material (que também recebe o nome de Carbono Acetilênico Linear) que revelou o seu potencial.
As características mais notável dos carbinos é a sua extrema rigidez e a sua resistência, tida pelos pesquisadores como quase duas vezes maior que a do grafeno, que é considerado um dos materiais mais resistentes do mundo, como indicado no primeiro parágrafo.
Com base nestas propriedades, é possível construir também cadeias de carbinos em um formato torcido que lembra hélices de DNA e que possibilita a adição de outros tipos de moléculas, resultando na criação de um material diferente. No estudo, os pesquisadores combinaram carbinos com moléculas de cálcio e obtiveram uma espécie de esponja tão flexível quanto resistente capaz de armazenar hidrogênio.
Com tantas possibilidades, a expectativa é a de que os carbinos possam ser direcionados às mesmas aplicações do grafeno, se não mais. Ou seja: semicondutores mais poderosos, baterias com maior capacidade de armazenamento, telas flexíveis, scanners médicos, entre vários outros.
Isso não quer dizer que o grafeno está condenado à morte antes mesmo de se tornar útil. Tal como este, os carbinos precisam de muita pesquisa para serem efetivamente aproveitados. Um dos desafios a serem encarados, por exemplo, consiste em torná-los mais estáveis, ou seja, menos suscetível a explosões (pois é).
Por ora, a única coisa que podemos dar como certa é que, no que depender de materiais como estes, nosso futuro tecnológico será deveras interessante.
Com informações: ExtremeTech