Campus Party poderia ter conexão de 100 Giga
Quem entra no pavilhão da Campus Party logo dá de cara com a marca da Telefônica. Aquele aquário de vidro, guardado 24 horas por dia por seguranças, tem acesso restrito. É a partir dali que a operadora distribui a conexão de 10 Giga que faz a alegria de tantos campuseiros. Quase ninguém pode entrar lá, mas nós do TB conseguimos fotografar o coração da banda larga dentro do evento.
São dois blocos de equipamentos de rede, que permitem compartilhar os vários Gigas de conexão entre os participantes do evento. A tecnologia que permite a troca de arquivos – livros em domínio público, filmes antigos e distrôs Linux grátis, naturalmente – é a DWDM, que resumindo é uma fibra ótica de alta capacidade.
São 20 canais de luz, sendo que cada um deles tem capacidade para vários Gigas. Segundo o pessoal da técnica da Campus Party, cada canal suporta até 100 Giga de conexão. Ou seja, é possível que nas próximas edições do evento esse limite de 10 Giga seja ampliado – a tendência é que isso aconteça, se quer saber. 😉
A energia que alimenta o sistema da Telefônica é da Eletropaulo, mas eles têm geradores de prontidão para o caso de cair a eletricidade. Foi isso o que aconteceu no início do evento, quando campuseiros se voltaram contra o aquário da Telefônica, achando que a empresa tinha alguma forma de privilégio dentro da Campus Party. E os roteadores são de produção nacional, uma forma de incentivar a nossa indústria local.
Uma vez que o sinal de 10 Giga chega à central da Telefônica, ele é distribuído por switches da Futura Networks, a empresa organizadora do evento.
Embora a Campus Party seja o inferno na Terra, com direito a campuseiros sem camisa por conta do calor elevado, os equipamentos do aquário da Telefônica estão muito bem servidos. A temperatura fica na casa dos 20ºC. Não deu nem vontade de sair de lá.