Um dos diretores do Firefox disse faz duas semanas que o navegador não teria mais o número de versão informado na tela de “Sobre” (ou “About” em inglês) do aplicativo. Claro que imediatamente começou uma ferrenha discussão (inclusive no nosso texto falando do assunto) entre os que acham que o número de versão é importante e os que acham que não é tão importante assim como dizem.
Agora o principal designer da Mozilla envolvido no Firefox coloca um ponto final nessa discussão: a tela de “Sobre” não vai receber mudança alguma. O esquema de numeração de versão também continua o mesmo, para alegria dos que defendiam sua presença no navegador.
A discussão sobre o assunto tem muito a ver com o novo ritmo de atualizações do Firefox. Eles pretendem liberar uma versão estável regularmente a cada 6 semanas. Seguindo, portanto, o modo como Chrome funciona — o browser do Google chega na iteração número 13 em apenas três anos de vida.
Em tese, seria desnecessário mostrar o número da versão, uma vez que o navegador (também em tese) estaria sempre atualizado. Foi o que defendeu Asa Dotzler. Alex Faaborg, o designer do Firefox, pediu desculpas pela falta de comunicação entre a equipe de experiência de usuário do navegador, o que levou à polêmica toda.
No meu entender, o principal problema do Firefox não é manter-se atualizado, mas sim a forma como o navegador se atualiza automaticamente. Ou não se atualiza automaticamente, para ser mais específico. A cada nova versão , o Chrome baixa a atualização e instala tudo em silêncio. Ao fechar e abrir o navegador novamente, o software está instalado sem que ninguém repare.
Já no Firefox a decisão do usuário é necessária, e por muitas vezes o usuário sequer sabe se deve atualizar ou não. Ou não sabe o que significa o ato de atualizar. E nessa equação entra também a compatibilidade com extensões, que costuma quebrar com novas versões.