Em dezembro, comentei aqui sobre a decisão da Canonical de remover o Java das instalações dos usuários, como medida de segurança. Cerca de um mês depois, após vários comentários negativos dos próprios usuários, a empresa voltou atrás na decisão e vai manter o Java, mas oferecendo uma opção de transição para as alternativas livres.
O problema começou quando a Oracle cancelou a licença que permitia que o Java fosse distribuído junto com distros Linux, o que incluía até mesmo os pacotes que já estavam em uso pelos usuários. Ou seja: quem estivesse com o Java instalado no Linux a partir de pacotes da distro, ficaria impedido de fazer atualizações.
Em um mundo onde softwares são perfeitos, isso não seria problema. Infelizmente, bugs existem, brechas de segurança são encontradas, e muitos usuários não tem exatamente o conhecimento necessário para saber que um determinado programa precisa de atualização, e isso deve ser feito manualmente. Ou seja: a Oracle criou um problema sério de segurança para os usuários Linux.
A solução encontrada pela Canonical foi criar uma atualização “falsa” do Java, um pacote vazio, que removeria a instalação da máquina do usuário. Assim, se ele quisesse continuar usando o Java, teria que instalar alternativas livres, como o OpenJDK. Uma solução agressiva, mas resolveria e os usuários não estariam mais correndo riscos.
Na tentativa de agradar gregos e troianos, a criadora do Ubuntu resolveu então mudar um pouco a decisão prévia: o Java continua instalado nas máquinas dos usuários, mas todos os pacotes serão removidos dos repositórios, dando prioridade às alternativas livres. Existe uma página explicando como fazer a transição do Java 6 para o OpenJDK, e outras ações estão previstas.
Cabe lembrar, isso só afeta distribuições Ubuntu. Outras instalações Linux ainda sofrem com o mesmo problema.
Com Informações: H Online.