Intel lança Core M: dispositivos sem ventoinha, ainda mais finos e com mais bateria

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

A Intel lançou nesta sexta-feira (5) o Core M, linha de processadores com baixo consumo de energia que aparecerá dentro de alguns dos próximos notebooks ultrafinos e híbridos. Os chips, que fazem parte da série Broadwell-Y, permitirão que as máquinas sejam ainda mais finas, aguentem mais tempo longe da tomada e dispensem as ventoinhas.

Embora os chips Core M usem o novo processo de fabricação de 14 nanômetros e façam parte da geração Broadwell, eles ainda não são substitutos para os Haswell, processadores Core de quarta geração — estão apenas entrando no lugar dos Haswell-Y, que também são focados em baixo consumo de energia.

Inicialmente, três processadores Core M chegarão ao mercado: Core M-5Y70, Core M-5Y10a e Core M-5Y10. Todos eles são dual-core com Hyper Threading, acompanham a nova GPU Intel HD Graphics 5300 e suportam memórias LPDDR3 ou DDR3L de até 1.600 MHz. O Core M-5Y10 roda a 800 MHz (2 GHz no modo turbo), enquanto o Core M-5Y70 trabalha a 1,1 GHz (2,6 GHz no modo turbo). O TDP é de apenas 4,5 W.

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Mas que nomenclatura estranha é essa? Bom, o AnandTech desvendou o significado de cada parte. No caso do Core M-5Y10, o “5” é equivalente ao “i5” (ou seja, estamos falando de um chip intermediário), o “Y” sinaliza a plataforma Broadwell-Y e o “10” mostra em que posição ele está na família — quanto maior o número, melhor o processador será.

Como deu para perceber pelo clock dos processadores, eles não deverão causar surpresa pelo desempenho, mas sim pelo baixíssimo consumo de energia, o que também dispensará o uso de ventoinhas. O que isso significa? Como os Core M prevêem máquinas de menos de 9 mm de espessura, eles poderão equipar tablets. E a Intel HD Graphics 5300 suporta a resolução de 3840×2160 pixels. Parece ser apenas questão de tempo até que alguma fabricante lance um tablet com tela 4K.

Quão finas poderão ficar as máquinas com Core M? Mais ou menos assim
Quão finas poderão ficar as máquinas com Core M? Mais ou menos assim

Em relação aos processadores Haswell-Y, os Broadwell-Y permitem um ganho entre uma e duas horas de bateria. A Intel divulgou um teste que consistia em deixar um máquina com Windows 8.1 reproduzindo vídeo em HD; a máquina com Haswell-Y atingiu 6,9 horas de autonomia, enquanto a com Broadwell-Y chegou a 8,6 horas.

O Core M chegará aos híbridos ainda este ano. O resto dos processadores Broadwell deve aparecer até o início do ano que vem.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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