Empresas como Nokia e Samsung estão bastante empolgadas com o 5G, que promete velocidades de 1 Gb/s no download, além de menor latência. Isto também deve mudar as regras do jogo nas telecomunicações, deixando empresas como a Intel mais competitivas em relação a players estabelecidos como a Qualcomm.

Segundo a Fast Company, a Apple cogita fortemente usar modems 5G da Intel em seus futuros iPhones. A fabricante de chips tem “milhares” de pessoas trabalhando nessa tecnologia.

Desde 2011, a Apple só usava modems da Qualcomm; mas no ano passado, alguns modelos do iPhone 7 e 7 Plus passaram a adotar modems da Intel. Isso se repetiu com o iPhone 8 e 8 Plus.

Atualmente, a Qualcomm tem uma grande vantagem: ela faz modems especialmente adequados às redes CDMA, usadas em algumas operadoras — como as americanas Verizon e Sprint. Afinal, foi ela quem inventou a versão amplamente utilizada dessa tecnologia.

No entanto, isso deve mudar à medida que as operadoras migrarem suas redes para o 5G. A Verizon, por exemplo, não vai mais exigir em 2019 que novos dispositivos se conectem a redes CDMA antigas. Com isso, a Apple terá um motivo a menos para ficar com a Qualcomm.

Há outros motivos para cortar laços, é claro: Apple e Qualcomm se envolveram em uma disputa judicial sobre royalties. Segundo o Wall Street Journal, a empresa já prepara iPhones e iPads sem qualquer chip da Qualcomm, adotando modems da Intel e MediaTek.

A Intel anunciou seu modem 5G na feira CES deste ano, e disse este mês que o chip “completou com sucesso uma chamada de rede 5G para outra rede 5G” na frequência de 28 GHz. Ele deve ser lançado em meados de 2019, e as primeiras redes 5G comerciais devem ser ativadas em 2020.

Com informações: Fast Company, SlashGear.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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