TIM quer leilão de 5G o quanto antes e rede única de 2G e 3G com Claro, Vivo e Oi

Compartilhamento de infraestrutura 2G e 3G entre operadoras pode trazer economia

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

Manter tecnologias mais antigas pode ser um problema para as operadoras. Ter uma rede 2G ou 3G funcional resulta em altos custos e ocupação de espectro, sendo que essas tecnologias estão cedendo lugar para o 4G e 5G. Para diminuir custos e preparar caminho para o futuro, a TIM defende manter uma única rede legada com Vivo, Claro e Oi.

Durante a teleconferência para divulgação de resultados da TIM, o diretor técnico Leonardo Capdeville afirmou que não está claro quando haverá um switch-off do 2G e 3G, mas que há uma vontade em compartilhar essas redes em single grid (uma única rede, onde as operadoras utilizariam roaming) ou RAN Sharing (compartilhamento de infraestrutura).

As redes 2G e 3G ainda são muito importantes para equipamentos como rastreador de veículos, máquinas de cartão de crédito e outros dispositivos de internet das coisas. Mas como o tráfego de dados é muito baixo, manter uma rede apenas para esses dispositivos é algo custoso.

Com o desligamento das redes legadas, as operadoras conseguem reaproveitar o espectro nas tecnologias mais novas, o que melhora a qualidade do serviço. Atualmente a TIM utiliza 4G nas frequências de 700 MHz (banda 28), 1.800 MHz (banda 3), 2.100 MHz (banda 1) e 2.600 MHz (banda 7).

Operadora quer leilão do 5G “o quanto antes”

Ainda durante a conferência, o CEO Sami Foguel afirmou que quer o leilão de frequências para 5G o mais rápido possível. Ele teme que o Brasil fique atrasado com a tecnologia caso as licenças não sejam leiloadas em breve, e enxerga o 5G como fundamental para o desenvolvimento de competitividade no país.

Leia também: Por que o 5G vai mudar sua vida (mesmo que você não tenha nem 4G)

A TIM espera que o leilão aconteça em 2020, para que as redes entrem em operação no ano seguinte do arremate das faixas. De forma geral, as operadoras parecem não ter muita pressa na adoção do 5G, uma vez que não há como prever a rentabilidade da tecnologia.

Com informações: Telesíntese, (2)

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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