Apple planeja identificar depressão e sinais de Alzheimer com iPhone

Pesquisas em parceria com universidade e farmacêutica buscam meios para detectar sinais de depressão e Alzheimer com iPhone e Apple Watch

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
iPhone 12 Pro Max (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Apple quer incrementar ainda mais os recursos de saúde de seus produtos. Segundo o Wall Street Journal nesta terça-feira (21), a companhia busca meios para identificar depressão e sinais de Alzheimer com o iPhone e Apple Watch. Os estudos estão sendo realizados em parceria com a Universidade da Califórnia e a farmacêutica Biogen.

A Apple está trabalhando em dois projetos em estágio inicial. As funções seriam possíveis com o auxílio de sensores do celular e do relógio. E para evitar problemas envolvendo a privacidade, todo o processamento dos dados aconteceria apenas nos dispositivos dos usuários, sem precisar enviá-los aos servidores da empresa.

O primeiro projeto busca identificar identificar problemas derivados de depressão e ansiedade. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Universidade da Califórnia (UCLA) e identificada pelo codinome “Seabreeze”. 

Segundo o site, o projeto vai utilizar informações do Apple Watch e iPhone. Os dados vão partir da câmera e teclado, além de sensores de áudio, movimento, sono e afins. Assim, será possível analisar as expressões faciais, padrões de sono, velocidade de digitação e mais para encontrar sinais de ansiedade, estresse e depressão.

A pesquisa começou com 150 participantes no piloto. Já a fase principal de coleta de dados deve começar em breve com 3.000 pessoas. O projeto ainda prevê a distribuição de questionários para que os integrantes do estudo digam como se sentem e a análise de quantidade de cortisol nos folículos capilares dos participantes. 

Apple Watch Series 6 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)
Apple Watch Series 6 (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Apple pretende encontrar sinais de Alzheimer com iPhone

O segundo estudo é reconhecido pelo nome interno “Pi”. O projeto quer avaliar traços de digitação e expressões faciais para detectar o comprometimento cognitivo leve que pode ser originado por noites mal dormidas ou até indícios de Alzheimer. O método de coleta de dados é similar à pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia.

O projeto busca observar cerca de 20.000 pessoas por dois anos, sendo metade com alto risco de deficiência cognitiva. Assim, será possível comparar os dados dos gadgets com os testes padrão de saúde do cérebro, como avaliações cognitivas tradicionais. Caso tudo se saia bem, a ideia é preparar uma função para detectar sinais de declínio cognitivo para que os usuários busquem um tratamento o quanto antes.

A iniciativa parte de uma parceria entre a Apple e a Biogen. Cabe ressaltar que, no começo do ano, a FDA (Food and Drug Administration) aprovou um medicamento da farmacêutica para pessoas com Alzheimer em estágio inicial. A droga custa por volta de US$ 56 mil por ano, o equivalente a cerca de R$ 300 mil em conversão direta.

Apesar dos estudos em andamento, ainda não se sabe quando e se os recursos chegarão ao iPhone e Apple Watch no futuro.

Com informações: Wall Street Journal

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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