Conceito de celular pré-pago e “descartável” chega ao Brasil

Rafael Silva
• Atualizado há 6 meses

Quantas vezes você já viu um filme de Hollywood em que o mocinho ou bandido entra numa loja de departamento, compra um celular barato qualquer, tira da embalagem plástica, liga e já está falando? Esse conceito de celular, que é muito barato e por isso pode muito bem ser considerado “descartável”, chegou essa semana no Brasil pelas mãos da francesa Alcatel.

O Alcatel one touch não vem com as melhores das especificações para um celular. Se ele fosse um dos novos modelos da Nokia, seguindo o novo esquema de nomeação usado pela empresa, tenho quase certeza que ele seria vendido com o nome Nokia -300 ou abaixo disso. Mas ele pode fazer ligações, enviar SMS, tem rádio FM e até uma lanterna. É um basicão.

Então se algum dia você estiver fugindo da polícia e não quiser usar seu celular normal por risco de ser rastreado, é só procurar pelo Alcatel one touch em uma das lojas do Carrefour. Ou se você só quiser só um celular para falar mesmo. Eu diria que os dois nichos são bem grandes no Brasil.

Ele começará a ser vendido já nessa semana por R$ 79,00, desbloqueado e vem com um chip da Claro com R$ 12,00 de crédito.

Atualização | Para esclarecer um pouco mais sobre as funcionalidades do One Touch, a Alcatel nos enviou a seguinte mensagem:

Gostaria de reforçar que o celular Alcatel one touch | 208 tem funcionalidades básicas e durabilidade equivalente aos demais aparelhos encontrados no mercado. É um terminal dual band, que oferece rádio FM, lanterna, viva voz integrado e SMS. Sua bateria tem duração média de cinco dias, podendo ser recarregada normalmente como qualquer outra. O mesmo acontece com relação aos créditos, que podem ser renovados quantas vezes o usuário quiser.

A diferença está somente no formato de comercialização: o conceito “Pegue e Fale” permite ao consumidor adquirir o aparelho de forma ágil, prática e simples, comprando-o em embalagem blister, no momento em que finaliza suas compras no hipermercado. A empresa defende que esses fatores não caracterizam o celular como “descartável”, pois tem um ciclo de vida normal.

Estamos entendidos? Bom.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.