Apple, enfim, entra na onda de demissões das big techs

Alguns funcionários do setor de Apple Stores serão dispensados; número é pequeno, se comparado aos milhares mandados embora por Meta, Amazon, Microsoft e Google

Giovanni Santa Rosa
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Linha completa de iPhones 14 na Apple Store Orchard Road, Singapura
Linha completa de iPhones 14 na Apple Store Orchard Road, Singapura (Imagem: Divulgação / Apple)

A Apple resistiu o quanto pôde à onda de demissões em massa entre as gigantes da tecnologia, mas finalmente cedeu. A empresa vai mandar embora alguns funcionários e gerentes de suas equipes internas.

Segundo Mark Gurman, jornalista da Bloomberg e uma das pessoas mais bem informadas sobre a Apple, os cortes são na área de varejo, mais precisamente nas chamadas equipes de desenvolvimento e preservação.

Estes cargos são responsáveis pela construção e manutenção de Apple Stores e outras instalações da marca em todo o mundo.

As pessoas demitidas destes cargos poderão tentar entrar em posições similares na empresa. Caso não consigam, terão uma compensação de quatro meses de salário, segundo pessoas com acesso a informações internas sobre o assunto.

Além disso, a Apple também vai fechar alguns cargos de gerência. Os funcionários dispensados poderão ser recontratados como contribuidores individuais, como chama a empresa. Caso não sejam, receberão uma compensação, mas ela será menor que a das equipes de desenvolvimento e preservação.

Meta, Microsoft, Google e Amazon demitiram milhares

Estes são os primeiros cortes de pessoal da Apple desde que a onda de demissões do setor começou, em meados do segundo semestre de 2022.

Até então, a Apple havia tomado medidas menos agressivas, como congelamento de contratações e mudanças no pagamento de bônus.

Mesmo assim, o número de funcionários dispensados deve ser pequeno, principalmente se comparado às dezenas de milhares mandados embora por Meta, Google, Microsoft e Amazon.

Um dos motivos para esse contraste entre a Apple e as outras é a administração mais conservadora em relação a riscos, sem investimentos “malucos” ou crescimento insustentável.

Durante 2020 e 2021, Google e Microsoft tiveram aumentos de 53% e 57% no quadro de funcionários, respectivamente. Enquanto isso, a empresa do iPhone teve um crescimento de apenas 20% em pessoal.

A Apple não emprega muitos esforços projetos mais ousados. Os dois mais conhecidos são o headset de realidade virtual e o carro da marca. Antes da pandemia, aliás, este segundo setor teve cortes de algumas centenas de pessoas.

Com informações: Bloomberg

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Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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