Os processadores da Apple para Macs já devem estar sendo criados no novo laboratório

Paulo Higa
• Atualizado há 4 meses
Teclado - MacBook

O rumor de um processador próprio da Apple nos futuros Macs acaba de ganhar mais força: a imprensa local noticia que a companhia de Tim Cook inaugurou, sem alarde, um laboratório de engenharia no estado americano do Oregon. As informações dão conta de que ex-funcionários da Intel estão trabalhando na região para criar chips personalizados.

O projeto é chamado de Kalamata, como informou a Bloomberg em abril. Ele seria parte de uma “estratégia para fazer com que todos os dispositivos da Apple, incluindo Macs, iPhones e iPads, trabalhem de forma mais semelhante e integrada”. Nos produtos com iOS, a Apple já desenvolve CPUs próprias baseadas na arquitetura ARM e recentemente criou até uma GPU, gerando uma crise na Imagination Technologies.

Para o escritório em Oregon, a Apple teria contratado cerca de 20 pessoas, sendo que alguns dos novos funcionários ocupavam anteriormente cargos de engenharia ou pesquisa em nível sênior na Intel, como visto em perfis no LinkedIn. Uma das vagas ainda em aberto é a de especialista em verificação de projetos, uma função que busca garantir que um produto final atenda às especificações originais.

Esta seria a primeira grande mudança nos chips dos Macs em 13 anos. Em 2005, a Apple anunciou que passaria a utilizar processadores da Intel nos Macs e MacBooks, abandonando a arquitetura PowerPC. No final de 2006, toda a linha de desktops, notebooks e servidores já havia sido migrada para x86 e, em outubro de 2007, a Apple lançou o último Mac OS X com suporte ao PowerPC, o 10.5 Leopard.

Se os rumores estiverem certos, os primeiros Macs sem chips da Intel devem chegar ao mercado em 2020.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.