Apple processa ex-funcionário que vazou informações confidenciais
Engenheiro de software vazava informações confidenciais de projetos da Apple para jornalistas. Ex-funcionário usava iPhone de trabalho para falar com a imprensa
Engenheiro de software vazava informações confidenciais de projetos da Apple para jornalistas. Ex-funcionário usava iPhone de trabalho para falar com a imprensa
A Apple está processando seu ex-funcionário Andrew Aude por vazar informações confidenciais da empresa para jornais. O engenheiro de software divulgou detalhes de projetos para repórteres do Wall Street Journal e The Information. Entre as informações vazadas pelo ex-empregado estavam detalhes do headset VR Apple Vision Pro.
A big tech descobriu em novembro de 2023 que Aude estava compartilhando conteúdos confidenciais com jornalistas. O ex-funcionário utilizava o próprio iPhone fornecido pela Apple para contatar os repórteres. Ele só confessou que era a fonte desses veículos em dezembro.
Em uma situação digna de filme de comédia, a empresa relata que Aude, durante a reunião de novembro, disse que estava sem o smartphone no momento. Depois, disse que precisava ir ao banheiro e apagou as conversas com os jornalistas — ele usava o Signal para esses contatos. No entanto, a Apple conseguiu recuperar o histórico dos chats.
Andrew Aude era engenheiro de software na empresa e trabalhava com otimização de desempenho da bateria. Esta área de atuação dava a Aude acesso às informações mais confidenciais da Apple, como desenvolvimento dos SoC e novos produtos. Entre esse “acesso antecipado” estava a criação do Apple Vision Pro, headset VR da empresa.
Na ação judicial, a Apple acusa Aude de ter revelado em outubro de 2020 detalhes sobre o desenvolvimento de um produto de “spatial computing” — o nome que a Apple utiliza para se referir ao segmento atendido pelo Vision Pro, que nada mais é do que um nome “chique” para RV.
Aude foi a fonte que revelou para o Wall Street Journal que a Apple estava desenvolvendo o app Diário. A informação foi publicada em abril de 2023, meses antes da big tech descobrir que ele era o responsável pelos vazamentos. O ex-funcionário estava na empresa desde 2016 e recebeu várias promoções durante os anos em que esteve na Apple.
De acordo com os documentos do processo, Aude declarou que vazava as informações para acabar com produtos e recursos que ele discordava. Na ação, a Apple pede reparação por danos, restituições de bônus e ações. Além disso, a big tech quer uma ordem judicial que proíba Aude de divulgar informações confidenciais sem consentimento da empresa.