Dropbox espera ser avaliado em US$ 7,5 bilhões na bolsa, mas ainda dá prejuízo

Paulo Higa
• Atualizado há 4 meses

O Dropbox anunciou nesta segunda-feira (12) os detalhes da abertura de seu capital na bolsa. Em documento enviado à SEC, comissão de valores mobiliários nos Estados Unidos, a empresa informa que pretende oferecer 36 milhões de papeis, arrecadar US$ 648 milhões e ser avaliada em cerca de US$ 7,5 bilhões.

As ações do Dropbox devem ser negociadas entre US$ 16 e 18 quando estrearem na bolsa (um valor de mercado entre US$ 7 e 7,9 bilhões). No entanto, caso esse cenário se concretize, a empresa vai sofrer uma desvalorização: no aporte mais recente, feito por investidores privados há quatro anos, a companhia era avaliada em US$ 10 bilhões, 33% mais que agora.

dropbox

Segundo o New York Times, os executivos do Dropbox estão apresentando a empresa a potenciais compradores com o objetivo de convencê-los de que as ações vão ter um desempenho mais parecido com as do Facebook (que quintuplicou seu valor de mercado desde o IPO) e diferente dos papeis da Snap (que até tiveram um bom começo, mas despencaram logo depois).

Fundado em 2007, o Dropbox foi um dos pioneiros em armazenamento na nuvem e hoje possui mais de 500 milhões de usuários registrados, em sua maioria adquiridos por meio de “adoção orgânica e crescimento viral”, nas palavras do serviço. Os consumidores pagantes representam 90% do faturamento de toda a empresa.

Só que o Dropbox ainda não é lucrativo. Ele vem diminuindo seu prejuízo a cada ano, mas ainda opera no vermelho: sangrou US$ 325,9 milhões, US$ 210,2 milhões e US$ 111,7 milhões em 2015, 2016 e 2017, respectivamente. No documento, a empresa alerta aos investidores que tem um “histórico de perdas” e “pode nunca atingir ou manter a lucratividade”.

Se tudo der certo, o Dropbox deverá ser negociado na bolsa de valores Nasdaq, com o símbolo DBX, até o final da semana que vem.

Com informações: New York Times, Reuters, Financial Times.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.