Intel aposta em ultrabooks fabricados no Brasil para diminuir preço e aumentar adoção
São Paulo – Anunciada pela Intel em julho do ano passado, a categoria de ultrabooks ainda não tem muita tração no Brasil, devido principalmente aos altos preços que os acompanham. Hoje a fabricante de chips garantiu que com a fabricação local dos equipamentos e a consequente incidência de taxas menores, a adoção dos ultrabooks por brasileiros deve aumentar significativamente, já que essa barreira do preço será, por assim dizer, ultrapassada.
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Mas não espere uma mudança de preço imediata. Fernando Martins, presidente da Intel no Brasil, disse hoje no IDF 2012 que a expectativa da empresa é de que os primeiros ultrabooks fabricados no Brasil apareçam no segundo semestre desse ano. Até o final desse ano mais de 20 modelos de ultrabooks de 11 fabricantes estarão disponíveis no Brasil, garantiu o executivo.
Não há, no entanto, como estabelecer um valor mínimo que um ultrabook poderá atingir. Fernando destacou que existem diversas taxas que incidem nas mais variadas fabricantes, incluindo o ICMS de cada estado em que ela fabrica seus equipamentos. Além disso, a variedade dos modelos também influencia bastante o preço, já que um ultrabook com SSD tende a custar mais do que um com HD normal.
Para ilustrar, atualmente no mercado de ultrabooks no Brasil temos o Z330 da LG (que custa R$ 4.399,00) e o HP Folio 13 (que chega ao Brasil custando R$ 3.799,00) dentre os mais caros. Já a Samsung vende o seu Series 5 Ultra por R$ 2.399 e a Acer vende o seu Aspire S3 por R$ 2.599,00.
Dentre as primeiras empresas que vão começar a fabricar seus ultrabooks no país estão a Dell, LG, HP, Samsung e STi, sendo que algumas já escolheram importar certos modelos para o país.
Curioso destaque por aqui fica por conta do selo ultrabook. Já vemos notebooks e ultrabooks estampados com os mais variados selos, seja do Windows da Microsoft ou de processadores Intel, que aliás servem para mais do que enfeite: diferenciam cada geração de um processador. Para a categoria de ultrabooks, a Intel criou o selo abaixo.
![ultrabook-selo](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2012/05/ultrabook-selo.jpg)
O ultrabook que tiver esse selo é realmente um ultrabook que passou nas certificação da Intel. Todos os outros são apenas notebooks finos.
Futuro dos ultrabooks vai além de mudança no preço
Já para o futuro dos ultrabooks, a expectativa da Intel é continuar a inovar no formato. Em março a empresa demonstrou um modelo de referência de ultrabook com tela sensível ao toque, que estava no meio dos vários modelos demonstrados pela empresa e que tive a chance de testar hoje.
![intel-ultrabook-touchwin8](https://files.tecnoblog.net/wp-content/uploads/2012/05/intel-ultrabook-touchwin8.jpg)
Confesso que tocar na tela de um computador que já tenha teclado não é algo que eu me senti confortável fazendo nos cinco curto minutos que pude testar a máquina. Mas por rodar o Windows 8 eu percebi que há vantagens nesse tipo de equipamento com esse sistema específico. Não sei se ao longo de um dia usando-o a tela influenciaria na minha produtividade, mas imagino que ter outro meio de entrada não iria atrapalhar.
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Outro item relacionado ao que esperar para a categoria está a adoção da arquitetura Sandy Bridge no lugar da mais recente arquitetura Ivy Bridge nos modelos vendidos no Brasil. Sobre isso, Fernando disse apenas que cada geração oferece benefícios únicos e que cabe ao consumidor “tomar a decisão [de compra] de acordo com aquilo que ele precisa”. Aqui no Brasil não há expectativa para quando as fabricantes deverão adotar a nova arquitetura.
No segundo dia do Intel Developer Forum, a empresa planeja demonstrar os ultrabooks que se transformam em tablets. Esse é um tipo de formato que as fabricantes já tentaram emplacar no mercado, como a Dell e a ASUS e seus notebooks rotatórios. Mas como você pode ver atualmente, a ausência desses modelos nas lojas mostra que eles não se tornaram exatamente os queridinhos da indústria. Veremos se os ultrabooks conversíveis terão mais sucesso ou não.