iPhone 7, de 2016, ainda é o celular usado mais vendido na Trocafone
Plataforma de venda e compra de smartphones seminovos divulgou o balanço com os 10 celulares mais vendidos no primeiro semestre de 2021; Apple e Samsung dominam
Plataforma de venda e compra de smartphones seminovos divulgou o balanço com os 10 celulares mais vendidos no primeiro semestre de 2021; Apple e Samsung dominam
Quase cinco anos se passaram desde que a Apple apresentou o iPhone 7 ao mundo, mas ele ainda é o celular usado mais vendido na Trocafone, empresa brasileira de venda e compra de smartphones seminovos. O balanço que constata a alta procura do modelo por consumidores brasileiros considera as vendas realizadas entre janeiro e junho de 2021. Apple e Samsung são as únicas marcas que aparecem no Top 10.
Modelo | Ano de lançamento | Preço mínimo (jan a jun 2021) |
Apple iPhone 7 | 2016 | R$ 1.299 |
Samsung Galaxy S9 | 2018 | R$ 1.299 |
Samsung Galaxy S10+ | 2019 | R$ 1.869 |
Samsung Galaxy S10 | 2019 | R$ 1.759 |
Samsung Galaxy S9 Plus | 2018 | R$ 1.489 |
Samsung Galaxy S10e | 2019 | R$ 1.579 |
Apple iPhone 8 | 2017 | R$ 1.629 |
Apple iPhone 8 Plus | 2017 | R$ 2.489 |
Samsung Galaxy S8 | 2017 | R$ 989 |
Samsung Galaxy A31 | 2020 | R$ 1.199 |
Como você pode reparar, todos os smartphones da lista acima foram lançados no premium, com exceção do Galaxy A31. Cabe ressaltar que o A32, seu sucessor, já é encontrado no varejo por preços próximos ao do A31 usado, o que pode ser um negócio melhor, no fim das contas.
A Apple tem um trunfo que a Samsung passou a perseguir recentemente: a política de atualizações que oferece novas versões do sistema operacional por, no mínimo, cinco anos. O iOS 15, que foi apresentado durante a WWDC 2021, é compatível com o iPhone 7 (na verdade, até o iPhone 6s terá suporte ao novo iOS) — desse modo, o modelo de 2016 ainda mantém certa relevância, mesmo após tanto tempo.
O iPhone 7 (e até mesmo o iPhone 8) pode parecer uma boa opção de compra pelo preço relativamente baixo, se comparado a outros modelos da marca — especialmente para quem nunca esteve no ecossistema da Apple e deseja experimentar sem gastar muito. O telefone tem tela pequena de 4,7” e botão Home físico, o que atrai os mais saudosistas, e já contava com NFC, para pagamentos por aproximação, mesmo naquela época.
Entretanto, vale considerar alguns problemas comuns a estes modelos. O principal é a autonomia de bateria, que em um iPhone 7 com pouco uso já pode ser um fator complicador, e preocupa ainda mais quando falamos de um celular que foi usado regularmente por muitos anos.
Além disso, mesmo com a atualização do sistema, o desempenho tende a ficar limitado devido à capacidade de chips antigos. O Murilo Tunholi, autor do Tecnoblog, usava um iPhone 7 até bem pouco tempo atrás, e confirmou que percebeu uma maior queda em performance com a chegada do iOS 14, no último ano.
O telefone também não conta com múltiplas câmeras, e apesar de fotografar relativamente bem com a sua lente principal, peca em versatilidade — nada de ultrawide ou telefoto aqui. Você provavelmente também vai sentir falta de um recurso para fotografar melhor no escuro.
Como mencionei anteriormente, a Samsung começou a oferecer uma política de atualizações mais interessante recentemente. Isso quer dizer que alguns modelos topo de linha do passado não serão contemplados. É o caso do Galaxy S8, que não recebe mais atualizações de segurança do Android — portanto, não é mais uma opção recomendada, já que pode ficar vulnerável a ataques.
Lançado em 2019, o Galaxy S10+ ainda é uma opção a se considerar. Ele tem câmeras extremamente competentes, que devem agradar à maioria dos usuários, além de ser visualmente bem mais interessante do que seu sucessor, o Galaxy S20. De acordo com o calendário da Samsung, as atualizações de Android chegam pelo menos até 2022.
É claro, vale sempre ficar de olho no preço e no custo-benefício. Atualmente, é possível encontrar o S20 por cerca de R$ 2.100 no comércio eletrônico, então dependendo do valor cobrado em um S10+ usado, compensa mais adquirir um smartphone novo.
Além de verificar o status da vida útil da bateria (em iPhones, você pode ter acesso aos dados de saúde da bateria por meio dos Ajustes), é importante verificar o plano de atualizações disponível para o modelo, sempre mantendo um pé atrás com políticas sem muitas garantias em smartphones antigos.
Além disso, considere se a empresa continua produzindo celulares (no Brasil e no mundo) — nos últimos anos, perdemos Sony e LG, portanto, tome cuidado com smartphones dessas marcas.
Por fim, se possível, teste portas, conexões e verifique possíveis danos à carcaça do celular (o que pode vir a comprometer certificações de resistência à água e até mesmo o uso do aparelho, dependendo da situação).
A compra de celulares seminovos é uma boa opção para economizar, especialmente agora que eletrônicos estão mais caros em meio às crises sanitária e econômica que atingem o Brasil. Entretanto, é importante estar atento para que o “barato” não saia caro.