Itaú, líder em carteiras digitais, também quer dominar WhatsApp Pagamentos
Itaú se integra ao WhatsApp Pagamentos; banco responde por mais de 70% do faturamento no Samsung Pay, Google Pay e Apple Pay
Itaú se integra ao WhatsApp Pagamentos; banco responde por mais de 70% do faturamento no Samsung Pay, Google Pay e Apple Pay
O WhatsApp Pagamentos foi liberado novamente no Brasil esta semana, e com mais bancos parceiros do que antes: desta vez também estão participando o Mercado Pago, Inter, Bradesco e mais grandes bancos. Um deles é o Itaú, que está com um objetivo ambicioso: se tornar o líder nessa forma de transações. Nas carteiras digitais Samsung Pay, Apple Pay e Google Pay, ele já responde pela maior parte do faturamento.
Rubens Fogli, diretor de pagamentos e negócios digitais do Itaú, revelou esse objetivo em entrevista ao Tecnoblog. Segundo ele, a ideia é oferecer uma melhor experiência ao cliente, e a estratégia é pensar no longo prazo.
Fogli cita como exemplo o Apple Pay: os bancos brasileiros estavam hesitando em oferecer suporte; sabe-se que a Apple cobra uma taxa das instituições financeiras. O Itaú achou que deveria entrar nessa e fez o lançamento em 2018; dois anos depois, tivemos outra parceria entre as duas empresas – o programa iPhone pra Sempre.
Hoje, o Itaú responde por mais de 70% de participação no faturamento das carteiras digitais da Samsung, Google e Apple. De todos os cartões cadastrados, 35% são do banco.
O número de clientes do Itaú registrados nessas carteiras mais que triplicou de 2019 a 2021, indo de 2 milhões para 6,5 milhões. Fogli observa que, quando as pessoas cadastram o cartão nesses serviço, dificilmente tiram.
Vale notar que mesmo produtos gratuitos, como a iConta e cartões de crédito sem anuidade, podem utilizar carteiras como o Apple Pay. O executivo afirma que o Itaú não vê isso como produtos separados, e “quer todos os clientes na mesma jornada”.
Para Fogli, a integração ao WhatsApp fecha um ciclo de big techs, desta vez com um alcance maior que Google, Samsung e Apple. O aplicativo tem mais de 2 bilhões de usuários em todo o mundo, e está presente em 98% dos celulares brasileiros.
O WhatsApp Pay atualmente só permite transações P2P (peer-to-peer), ou seja, de uma pessoa para outra. O próximo passo será comprar e vender produtos com pagamento pelo app, ou P2M (pay-to-merchant). O diretor do Itaú diz ao Tecnoblog que o banco já está tecnicamente pronto para implementar isso.
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